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Jornalistas e polícia compartilham mesmo espaço, diz secretário após agressões em protesto

Ele negou qualquer orientação de agredir profissionais ou impedir o registro da manifestação

São Paulo|Márcia Francês, do R7

Entre as 262 pessoas detidas no último protesto, no sábado (22), estavam seis jornalistas
Entre as 262 pessoas detidas no último protesto, no sábado (22), estavam seis jornalistas Entre as 262 pessoas detidas no último protesto, no sábado (22), estavam seis jornalistas

O Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, disse, nesta segunda-feira (24), que a polícia não é orientada a agredir jornalistas em protestos. Entre as 262 pessoas detidas no ato contra a Copa do Mundo realizado em São Paulo no sábado (22), estavam seis jornalistas — quatro repórteres e dois fotógrafos — que faziam a cobertura do protesto. A PM confirmou apenas uma dessas detenções.

— A orientação da polícia não é, evidentemente de agressão a jornalistas, muito pelo contrário. Jornalistas e polícia compartilham o mesmo espaço, a polícia tentando manter a ordem e o jornalista sendo os olhos da sociedade, procurando retratar o que acontece. Todas as situações individuais, de notícias de abusos serão apuradas, em um inquérito. 

De acordo com Grella, se for confirmado o abuso, os policial responsáveis serão punidos. O secretário negou que houvesse uma orientação para que a polícia impedisse o registro da manifestação pelos profissionais da imprensa. 

— Não existe nenhuma ordem nesse sentido, muito pelo contrário. Nem daqui [Polícia Civil], nem da PM [Polícia Militar]. Tanto é verdade, que a própria Polícia Militar providenciou cerca de 200 coletes de identificação para disponibilizá-los para os profissionais da imprensa. Isso, evidentemente, vai ser reiterado em manifestações futuras. 

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A jornalista do Estado Bárbara Ferreira Santos foi detida e levou um golpe de cassetete de um PM na cabeça. O repórter fotográfico do Estado Evelson de Freitas também foi golpeado por um cassetete na mão.

Sérgio Roxo, de O Globo, foi dominado com uma gravata e jogado ao chão. Paulo Toledo Piza, do G1, também foi detido. O fotógrafo Bruno Santos, do portal Terra, teve o equipamento quebrado por um cassetete e também ficou ferido na manifestação. 

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Segundo a PM, no protesto do último sábado (22), cinco policiais, dois manifestantes e um jornalista ficaram feridos e ao menos duas agências bancárias foram depredadas. A megaoperação envolveu 2.300 policiais, número superior aos 1.500 manifestantes calculados pela polícia. Apesar do aparato, nenhum dos detidos foi autuado em flagrante e todos foram liberados.

Grella afirmou que a ação da PM durante o protesto começou momento em que se iniciou a "quebra da ordem com o propósito de isolar as pessoas que se prédispunham a atos de vandalismo". A operação foi "exitosa", segundo o secretário.

— Porque nós tivemos um menor número de feridos, uma quantidade muito inferior de danos e um tumulto muito menos expressivo para a sociedade. 

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