Decisão do júri é mantida, Eliza ficará presa por 19 anos
Paulo Lopes/ Futura Press/ Estadão ConteúdoA 7ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) decidiu por unanimidade manter a condenação de 19 anos, 11 meses e 1 dia em regime fechado a prisão de Elize Araújo Kitano Matsunaga, acusada de matar, esquartejar e esconder o corpo do empresário Marcos Matsunaga, o "Yoki".
Segundo o advogado assistente da acusação da família de Marcos Matsugana, Elize ainda pode recorrer, mas o advogado considera a decisão do Tribunal do Júri acatada pelo TJ-SP justa, pois "o crime de homicídio qualificado seguido de esquartejamento da vítima com a ocultação do cadáver foi um dos mais horripilantes e cruéis já registrados em São Paulo".
Júri que condenou Elize Matsunaga pode ser cancelado
Um das condenações mais longas do país, o crime cometido em 2012, só teve uma setença em 2016.
O caso
Elize e Marcos Matsugana
Reprodução/Rede RecordElize Araújo Kitano Matsunaga matou seu marido, Marcos Matsugana, com um tiro na cabeça no apartamento onde moravam, na zona oeste de São Paulo, em um sábado, dia 19 de maio de 2012. Após assassiná-lo, Eliza esquartejou o corpo dele e colocou os pedaços em malas para "jogar fora". Por meio de um detetive particular, ela teria descoberto suposta traição do marido, que levou-a a assassiná-lo.
Documentos inéditos revelam detalhes da morte de Marcos Matsunaga
Na segunda-feira seguinte (21), as primeiras partes do corpo de Marcos começaram a ser localizadas em Cotia, na Grande São Paulo. Ela até tentou simular o sumiço do marido e chegou a enviar e-mails para a família se passando por ele e dizendo que estava tudo bem.
Elize confessou o assassinato e o esquartejamento do marido em junho e disse que o crime ocorreu após uma briga seguida de agressão. Pelas investigações, o casal enfrentava problemas no casamento e brigava com frequência. Ainda em junho, Elize foi levada para o presídio de Tremembé, onde ficou detida até a data do julgamento.
Elize chora e conta como matou e esquartejou o marido: "Eu não estava normal naquela hora"
*Estagiário do R7, com Supervisão de Ingrid Alfaya