Livro sobre sequestrados na ditadura será lançado dia 2 de abril
DivulgaçãoApós 34 anos do fim oficial da Ditadura Militar no Brasil, o jornalista Eduardo Reina lança o livro Cativeiro Sem Fim, que conta histórias de 19 casos de bebês, crianças e adolescentes sequestrados ou desaparecidos durante o regime que durou 21 anos.
O livro-reportagem, que é uma parceria entre o Instituto Vladimir Herzog e Alameda Casa Editorial, deve ser lançado no próximo dia 2 de abril, a partir das 19h, no Centro Universitário Maria Antônia, da USP (Universidade de São Paulo).
Apontados como “filhos de subversivos”, “bebês malditos”, entre outras coisas nessa linha, os bebês, crianças e adolescentes vítimas da ditadura, relatados na obra, foram entregues, à época, para famílias de militares, após ações dos próprios militares com ajuda de servidores públicos, funcionários de instituições e de cartórios.
As vítimas que integram a obra ainda procuram seus pais biológicos ou continuam desaparecidas, e os casos são relatados por familiares. Dos desaparecimentos e sequestros, 11 casos estão ligados diretamente à Guerrilha do Araguaia, além de outras oito no Rio de Janeiro, em Pernambuco, no Paraná e no Mato Grosso.
Além das histórias dos desaparecimentos e sequestros, Reina conta no livro algumas práticas adotadas por agentes de repressão contra militantes que buscavam resistir e enfrentar a Ditadura Militar brasileira, que durou oficialmente entre 1964 a 1985.
O evento de lançamento ainda vai contar com uma mesa de debate, com a presença do autor da obra, juntamente com o jornalista Caco Barcellos, responsável pelo prefácio do livro, e Eugênia Gonzaga, presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos.