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Mãe denuncia professora por humilhação de alunos: “Ela os chama de cagão e mulherzinha”

Conselho Tutelar de São Caetano apura o caso; docente foi afastada da sala após ameaças

São Paulo|Dinalva Fernandes, do R7

Agressões e humilhações teriam ocorrido na EMI Alfredo Rodrigues
Agressões e humilhações teriam ocorrido na EMI Alfredo Rodrigues Agressões e humilhações teriam ocorrido na EMI Alfredo Rodrigues

Há alguns dias, a advogada Nicolle Zacharias Garcia diz para seu filho de três anos que ele está de férias. Assim, ela consegue acalmar a criança que fica frustrada por não poder estudar e brincar com os colegas. Essa foi a forma escolhida por Nicolle para não ter que levar o filho de volta à EMI (Escola Municipal Integrada) Alfredo Rodrigues, em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, onde a criança teria sido agredida e humilhada por uma professora.

Nicolle percebeu mudanças no comportamento do primogênito após o nascimento de seu segundo filho, há três meses. Ele passou a se mostrar mais nervoso e agitado. A princípio, ela pensou que se tratava de um tempo de adaptação ao novo membro da família até investigar e descobrir que a criança era vítima de constantes humilhações dentro da sala de aula.

O menino não contava nada do que acontecia na escola e, durante reuniões com os docentes, se mostrava acuado e assustado. Depois de conversar com mães e ouvir relatos de colegas do filho, a advogada ficou sabendo de episódios ocorridos na escola e acusa a professora por todos eles. Ela publicou em sua rede social o que supostamente teria descoberto.

“Houve um episódio em que ele bateu em outro coleguinha e ela o colocou de castigo na parede e mandou todos os amigos baterem nele (são 25 crianças na sala), para ver se assim ele aprendia a lição”.

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Outro episódio de humilhação aconteceu quando o menino fez cocô na calça. A professora teria tirado a cueca da criança e mostrado o bumbum dele para todos os colegas, além de pedir que os demais alunos o chamassem de “cagão”. A mãe também descobriu que as humilhações aconteciam também com outros estudantes.

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“Em outro episódio com outra criança, o menino foi brincar de boneca com as meninas e a professora mandou a sala inteira ficar chamando ele de mulherzinha”. (sic)

A advogada registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Sede de São Caetano na última terça-feira (8), por maus-tratos, injúria e por expor criança à situação vexatória e humilhante.

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Ainda segundo Nicolle, a secretaria a informou que, se comprovadas as denúncias, a professora pode sofrer penalidades, como diminuição do salário, multa ou transferência, mas não necessariamente a exoneração, como Nicolle deseja. Agora, a mãe quer matricular o filho em outra escola.

Em nota, a Prefeitura de São Caetano do Sul informou que está apurando os relatos. A professora e a mãe do aluno foram ouvidas pela Secretaria Municipal de Educação na segunda-feira (14) e a Corregedoria Municipal instaurou processo administrativo para analisar o caso com toda a urgência necessária.

Segundo a prefeitura, não há denúncias contra a professora. “Cabe salientar que a professora citada no caso trabalha na rede municipal de Educação de São Caetano do Sul há cinco anos, sem nenhum registro de agressão ou ato desabonador de sua parte junto à Secretaria Municipal de Educação".

Ainda de acordo com a prefeitura, a secretaria de educação estuda a possibilidade de transferência do aluno para outra escola da rede ou até a troca de professora, mas não obteve resposta por parte da mãe. Após as denúncias feitas por meio de uma rede social, a professora recebeu ameaças de agressões. Ela está trabalhando administrativamente na Secretaria Municipal de Educação e registrou um boletim de ocorrência.

O Conselho Tutelar de São Caetano está apurando a denúncia, mas não pode divulgar detalhes porque se trata de um caso sigiloso por envolver uma criança. Priscila Carillo, presidente do conselho, também reitera que não há outras denúncias contra a professora. Após finalização do processo, a instituição encaminhará as informações para os órgãos competentes.

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