A mãe do economista Thiago de Osti Cardoso Lopes, morto em uma tentativa de assalto em outubro, sai todos os dias de casa à procura do assassino do filho. Juraci de Osti Lopes cola cartazes com a foto do suspeito pelas ruas do bairro na esperança de alguém reconheça o suspeito e o denuncie à polícia. A vítima estava de casamento marcado e completaria 29 anos no último domingo (7).
Juraci estava com o filho na noite de 2 de outubro. Eles tinham acabado de entrar na garagem quando três homens chegaram e pediram a chave do carro. Thiago Lopes entregou sem reagir, mesmo assim foi baleado à queima-roupa.
— A minha cabeça está naquele momento. Foi muita crueldade. Eu sei o filho que eu tenho. Se fosse outro, ele tinha reagido. Não, ele ficou quieto e isso me dói mais.
Ela ainda guarda a camisa que o filho vestia quando morreu.
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— Era uma família completa, que eles destruíram em menos de um minuto.
Mais de dois meses depois, ninguém foi preso e a mãe do economista resolveu ajudar a polícia. Todos os dias, Juraci sai de casa para espalhar imagens do retrato falado do atirador pelas ruas da zona leste de São Paulo, onde a família mora e onde aconteceu o crime. Ela já colou mais de 1.000 cartazes e garante que não vai parar. Ela tem uma expectativa com esse trabalho.
— Que eles sejam presos. Que alguém veja e denuncie. Eu tenho certeza que vão me ajudar.
Além de colar cartazes, por meio do Movimento Thiago Vivo, Juraci também colhe assinaturas para um documento que será encaminhado para o Congresso com um pedido de mudanças na lei, como a redução da maioridade penal. Ela acredita que o atirador seja um adolescente.
No 57º DP (Distrito Policial), que investiga o caso, os policiais trabalham com imagens de uma câmera de rua que registrou a fuga dos três bandidos. Os agentes também usam impressões digitais colhidsa em um carro roubado que pode ter sido levado pelo mesmo grupo.
Assista ao vídeo: