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Manifestante agredido em SP diz que não é neonazista

Jovem levou um forte golpe na cabeça com uma bandeira durante o protesto de quinta-feira

São Paulo|

"Meu pai é negro. Tenho amigos que são negros, homossexuais", afirmou rapaz agredido
"Meu pai é negro. Tenho amigos que são negros, homossexuais", afirmou rapaz agredido "Meu pai é negro. Tenho amigos que são negros, homossexuais", afirmou rapaz agredido (DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO)

Apesar do protesto predominantemente pacífico em São Paulo na quinta-feira (20), o manifestante Guilherme Nascimento terminou o dia no hospital por causa de um desentendimento com militantes do PT. Segundo ele, que levou um forte golpe na cabeça com uma bandeira, não houve provocação que justificasse a violência.

— Foi um militante petista quem me acertou à paulada. Apenas gritamos para que eles abaixassem as bandeiras do partido.

Nas redes sociais, circularam textos dizendo que Nascimento, que é bacharel em direito e tem 27 anos, seria skinhead e teria provocado o suposto agressor.

— Falaram que sou neonazista, talvez porque seja forte e careca. Isso é mentira. Meu pai é negro. Tenho amigos que são negros, homossexuais.

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O manifestante agredido disse ainda:

— Antes de me bater, ele disse que se eu tinha emprego deveria agradecer ao seu partido.

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Ao ser escoltado para fora da multidão, com a cabeça ensanguentada, Nascimento retrucou.

— Muito obrigado, PT.

Um grupo de quase 150 defensores da legenda foi hostilizado na passeata que tomou a avenida Paulista à noite. Sob gritos de que o movimento é apartidário, os demais ativistas expulsaram os militantes. Além do empurra-empurra, uma bandeira da sigla foi queimada.

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O MPL (Movimento Passe Livre) esclareceu que não é contrário à participação de pessoas ligadas a legendas. Em nota na sua página no Facebook, o MPL afirma que é "um movimento social apartidário, mas não antipartidário" e repudiou os "atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje (quinta-feira), da mesma maneira que repudiamos a violência policial".

Guilherme Nascimento levou 14 pontos na parte de cima da cabeça e está sob observação médica até este sábado (22). As próximas tomografias ainda revelarão se houve ferimentos mais graves. Depois de participar de quase todas as manifestações na capital, ele ainda pretende voltar às ruas.

— Devemos continuar os protestos, mesmo com a redução da tarifa. Não fui às passeatas para brigar, mas lutar pelos nossos direitos.

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