O Movimento Passe Livre protesta a favor da tarifa grátis no transporte público de São Paulo
Dario Oliveira/ Código19/ Estadão ConteúdoEstudantes e ativistas se reunem na tarde desta quarta-feira (26), nas imediações do Teatro Municipal, no centro de São Paulo, em novo ato pelo passe livre no transporte público da cidade. A Polícia Militar acompanha de perto os manifestantes, que devem percorrer ruas da região em um trajeto não divulgado publicamente.
Às 18h, o movimento não reunia mais de 50 pessoas e, com faixas estendidas na calçada, aguardava maior adesão. O grupo, que age com o lema "nenhum direito a menos, nenhum centavo a mais", acabou deixando as ruas no início deste ano após não conseguir reverter o aumento implementado desde janeiro.
Agora, eles iniciam uma nova jornada com reivindicações sobre o tema. A militante Letícia Cardoso, de 21 anos, disse que o ato marca a mobilização nacional pela tarifa zero.
— É uma atividade para demarcar nossa reivindicação sobre o assunto.
Em sua página oficial no Facebook, o Movimento Passe Livre diz que a "tarifa no transporte limita quem pode circular pela cidade e pesa cada vez mais no bolso". "Um transporte realmente público é um direito de todas e todos e não pode ser só um privilégio dos que podem pagar", acrescenta.
O prefeito eleito, João Doria (PSDB), já reafirmou a promessa de campanha de congelar em R$ 3,80 a tarifa no transporte municipal para 2017. Ele espera contar com repasses do governo federal relativo a obras do PAC para custear o congelamento.
A militante Letícia fez ressalvas à intenção de Doria.
— Congelamento não significa direito à cidade. A luta é para que o transporte não seja um produto mercantilizado. Tarifa é restrição.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) não comentou publicamente se o Metrô também poderá adotar o mesmo preço para o ano que vem.