Vândalos depredaram uma viatura da Polícia Civil que estava estacionada na avenida Ipiranga, centro da capital
31.08.2016/LEONARDO BENASSATTO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDOUm grupo de manifestantes mascarados que participaram do ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff promoveram um quebra-quebra no centro de São Paulo na noite desta quarta-feira (31).
Agências bancárias, estabelecimentos comerciais e veículos foram depredados (veja imagens no vídeo abaixo).
Segundo relato de pessoas que estavam no protesto, uma manifestante teria se ferido ao ser atingida por um bomba de gás na rua Maria Antonia. Ela teria sido levada para Hospital da Clínicas. Um PM também foi ferido em outra região do centro e socorrido pelos prórpios colegas.
Leia mais notícias de São Paulo
Na avenida Ipiranga, cerca de dez pessoas tentaram virar uma viatura da Polícia Civil que estava estacionada. Os vidros do veículo foram destruídos com pedradas e golpes de madeira. Uma agência do banco Bradesco foi invadida e completamente destruída.
As vidraças foram estilhaçadas, os totens arrancados e os caixas eletrônicos golpeados com paus e pedras. Ao menos um ponto de ônibus também foi depredado.
O ato começou por volta das 18h na avenida Paulista e foi pacífico até a região da praça Roosevelt, onde o grupo mascarado deu início aos atos de vandalismo, por volta das 20h20. Os vândalos viraram uma caçamba de entulhos na rua da Consolação e atearam fogo em lixo para bloquear a via.
A Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada e, segundo a Agência Estado, mais de dez bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas em um intervalo de dois minutos contra os manifestantes, atingindo pessoas que se manifestavam pacificamente. As bombas causaram grande correria e dividiram a manifestação. Eles foram dispersados para as ruas paralelas, entre a rua da Consolação e a Praça da República, enquanto os agentes avançavam sobre o protesto.
Os manifestantes gritam palavras de ordem contra a Polícia: "Não quero mais chacina, quero o fim da Polícia assassina". Ainda não há confirmação sobre prisões ou feridos.
O objetivo era chegar até a sede do jornal Folha de S.Paulo, acusado pelos manifestantes de incentivar o movimento de impedimento de Dilma. Um grupo chegou a protestar no local, que teve reforço de segurança da Polícia Militar. Mais bombas de gás lacrimogênio e efeito moral foram disparadas na região, dispersando os manifestantes. No local, segundo manifestantes, ao menos dez pessoas teriam se ferido devido a um atropelamento.
Em nota, a PM informou que "acompanhou a manifestação" e disse que os policiais foram agredidos com "pedras" na rua da Consolação. Por isso, a PM interveio e usou a força, de acordo com o comunicado. Um PM ficou ferido e levado ao hospital.
Leia a nota da PM na íntegra:
"NOTA À IMPRENSA
A Polícia Militar informa que acompanhou a manifestação contra o impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, desde a concentração no vão livre do Masp, durante a tarde. Por volta das 20h30, o grupo começou a incendiar montes de lixo e agredir policiais com pedras na Rua da Consolação, quando foi necessária intervenção da Polícia Militar. Um PM foi ferido e levado para atendimento médico. Às 21h45, a Polícia Militar continuava acompanhando grupos de manifestantes que se dispersaram em diversos locais no centro de São Paulo.
Assessoria de Imprensa e Comunicação da Secretaria da Segurança Pública"
Assista à reportagem do Jornal da Record: