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Médico acusado de abuso sexual por pacientes é preso no interior de SP

MP-SP (Ministério Público de São Paulo) denunciou o cardiologista à Justiça na segunda-feira (14). Homem será encaminhado a Penitenciária de Lucélia

São Paulo|Plínio Aguiar, do R7

Acusado de abuso sexual, médico Augusto Barreto Filho se entrega à polícia
Acusado de abuso sexual, médico Augusto Barreto Filho se entrega à polícia Acusado de abuso sexual, médico Augusto Barreto Filho se entrega à polícia

O médico cardiologista Augusto Cesar Barreto Filho, suspeito de abusar sexualmente mais de 20 mulheres, se entregou no final da tarde desta sexta-feira (18), na Delegacia de Defesa da Mulher em Presidente Prudente, a 558 km de São Paulo.

Filho foi submetido ao exame do corpo de delito e, neste momento, será transferido para a Penitenciária de Lucélia, para dar cumprimento ao mandado de prisão expedido pela Justiça.

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Caso

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O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) denunciou na última segunda-feira (14) à Justiça o médico Augusto Filho. Segundo o promotor Filipe Teixeira Antunes, naquela ocasião existiam relatos de 14 mulheres que teriam sido abusados pelo cardiologista. Segundo a delegada Adriana Pavarina, da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), já passa de 20 o número de vítimas. "Ainda não deu tempo de contar todos os registros, mas aumentou bastante", afirmou a delegada.

Além do oferecimento da denúncia por violação sexual mediante fraude, o promotor havia pedido a prisão preventiva do médico. “Existe o risco de que ele volte a praticar atos libidinosos dentro de fora do consultório”, afirmou Antunes.

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De acordo com o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), a situação do cardiologista consta como "ativa".

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Assédio sexual

O promotor afirma que a última denúncia já identificada é de 2008. O caso ocorreu dentro do consultório médico. O processo teve início entre os meses de julho e agosto do ano passado, quando uma vítima procurou a Delegacia da Mulher de Presidente Prudente.

Em depoimento, ela afirmou que o cardiologista tocava suas partes íntimas e esfregava os órgãos genitais em seu corpo. Segundo o promotor, outros casos semelhantes surgiram e a delegada iniciou uma investigação até chegar às 14 mulheres que concederam depoimentos.

A denúncia foi oferecida com base no último relato (entre julho e agosto) do ano passado, porém, contará com os demais relatos como testemunhas e provas no processo. "Ele agia sozinho dentro do consultório, usava a confiança estabelecida com a vítima. Ele identificava certa fragilidade nas vítimas como processos de divórcio, depressão, perda de familiares e cometia os abusos."

Segundo o promotor, muitas relataram que, no momento, de tirar a pressão ele esticava o braço da vítima e esfregava em seu órgão genital. "Muitas ficavam chocadas", diz ele. Segundo ele, há ainda o risco de as vítimas se sentirem ameaçadas pelo médico.

Caso ele seja condenado pelo crime de violação sexual mediante fraude, a pena pode chegar a seis anos de reclusão.

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Sindicância

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) informou, por meio de nota, que, diante do volume de casos denunciados envolvendo o cardiologista e dado o seu potencial de lesividade social, aprovou interdição cautelar suspendendo o seu registro profissional — a suspensão é válida por seis meses, podendo ser renovada por igual período.

O Cremesp comunicará a decisão a todos os demais Conselhos Regionais de Medicina do país, impedindo, assim, seu registro em outra jurisdição. O conselho esclarece ainda que, mesmo com a interdição cautelar, a sindicância em curso contra o médico seguirá normalmente, sob sigilo determinado por lei.

Defesa

Procurada pela reportagem, o advogado do médico ainda não se pronunciou.

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