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Mensagem de professora indica que aluno foi à escola no dia em que ele e a família morreram

Polícia Militar investiga se Marcelo Eduardo, de 13 anos, participou do crime

São Paulo|Do R7

Professora de Marcelo Eduardo postou uma foto e mensagens de homenagem ao aluno encontrado morto na última segunda-feira (5)
Professora de Marcelo Eduardo postou uma foto e mensagens de homenagem ao aluno encontrado morto na última segunda-feira (5) Professora de Marcelo Eduardo postou uma foto e mensagens de homenagem ao aluno encontrado morto na última segunda-feira (5)

Uma mensagem de uma professora do Colégio Stella Rodrigues, no Facebook, indica que Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, foi à escola na última segunda-feira (5), mesmo dia em que ele e a família foram encontrados mortos, na casa deles, em São Paulo. 

A professora postou uma foto de Marcelo Eduardo com a legenda “luto” e comentou:

— Obrigada amore da tia, estou arrasada sim, não consigo parar de chorar... abracei tanto ele hoje de manhã... acabou sendo minha despedida. [sic]

Em outra mensagem no Facebook, a professora lamenta o ocorrido. 

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— Obrigada querido, está sendo muito difícil... um dor que não se explica... dei aula para ele hoje, conversei, brinquei, dei risada, dei um abraço tão gostoso... e agora ... acabou [sic]

A escola onde Marcelo Eduardo estudava não se manifestou para confirmar se ele foi à aula. Mas uma recepcionista da escola confirmou a presença de Marcelo na segunda-feira e informou que ele participou de todas as atividades do dia. 

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A Polícia Militar investiga se o garoto teve participação no crime. Ainda não há nada de concreto sobre o caso, somente indícios.

Os corpos foram encontrados no fim da tarde da segunda-feira (5), na Brasilândia, zona norte da capital paulista. Na casa, morava um casal de policiais militares: o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini; a mulher, o cabo Andreia Bovo Pesseghini, e o filho deles, Marcelo Eduardo.

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Além dos três, a avó da criança, de 65 anos, mãe de Andreia, que morava no mesmo terreno, em um cômodo separado, e a tia de Andreia, de 55 anos, também foram mortas. Os corpos foram encontrados depois que um parente sentiu falta de uma das senhoras. 

Ao entrar na residência, a polícia encontrou o cabo Andreia ajoelhada, já sem vida. O filho dela e o marido estavam deitados perto de um colchão. No cômodo do lado de fora da casa, as duas senhoras permaneciam deitadas na cama com um cobertor sobre os corpos. 

Perto da porta de entrada havia uma mochila. Dentro, a perícia encontrou material escolar do garoto de 13 anos, dinheiro e uma arma calibre 32 que pertencia ao cabo Andreia. Cada um levou um tiro na cabeça e, segundo Benedito Roberto Meira, comandante-geral da PM, não há marcas de que houve troca de tiros ou luta corporal. 

No começo da madrugada desta terça-feira (6), os investigadores recolheram uma segunda arma, encontrada dentro da casa, diversos objetos e até lixo. Na residência, os peritos da polícia científica encontraram um bilhete que a escola teria mandado para os pais da criança nesta segunda-feira. Isso, segundo a polícia, sugere que o menino veio da aula depois que os pais já estavam mortos. 

Além disso, um dos carros do casal foi encontrado a cerca de 60 metros da escola. A polícia já sabe que o veículo foi deixado ali por volta da 1h30 de segunda-feira. Mas ainda não sabe por quem. A polícia investiga se a criança teria levado o carro até lá, pois o bilhete encontrado dentro da casa indica que a criança pode ter ido à escola.

O deputado e major da PM Olímpio Gomes duvida que o garoto tenha atirado na família e cometido suicídio depois de voltar das aulas. 

— Nós temos dois cenários e que dificilmente uma pessoa só conseguiria fazer esse disparo sem provocar nenhuma movimentação ou instinto de defesa das pessoas.

Já o comandante-geral da PM não descarta essa possibilidade.

— O menino era canhoto. O disparo foi feito do lado esquerdo da cabeça dele. Segundo os peritos que aqui estiveram, tem indícios de suicídio. A arma estava debaixo do corpo dele, o que é característico de suicídio.

Parentes ouvidos pela polícia disseram que o menino não apresentava problema de comportamento, mas não disseram se ele sabia dirigir. O sargento, que tinha 16 anos de corporação, e a militar, que trabalhava na PM havia 19 anos, não tinham histórico de problemas e foram descritos como excelentes policiais, como conta o comandante da Tropa de Choque César Morelli.

— Pra gente, é bastante triste, porque são dois policiais e, principalmente, uma família que sofreu uma coisa séria, que é perder a família inteira.

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