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Moradores de bairro onde dentista morreu queimada organizam manifestação 

Grupo realiza "passeata pela paz" e irá caminhar até a rodovia Anchieta 

São Paulo|Do R7

Cinthya Magaly Moutinho de Souza morreu queimada após assalto
Cinthya Magaly Moutinho de Souza morreu queimada após assalto Cinthya Magaly Moutinho de Souza morreu queimada após assalto

Um grupo de moradores do bairro Jardim Anchieta, de São Bernardo do Campo, onde a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza morava, irá realizar uma passeata pela paz na tarde desta terça-feira (30). A concentração será às 16h em uma praça localizada no cruzamento entre a rua Warner e rua Copacabana, ao lado da casa de Cinthya.

Com o lema "todo cidadão que se sentir vitimizado pela violência poderá participar. Basta vestir uma camisa branca e trazer sua lanterna", a expectativa do grupo é reunir centenas de pessoas na manifestação. No último domingo (28), já foi realizado um ato na cidade que contou com a presença de cerca de mil pessoas, segundo organizadores da passeata.

O grupo deve sair em caminhada para a rodovia Anchieta por volta das 17h30 desta terça-feira. Após a passeata, será organizada uma missa. Além dos moradores da região, os organizadores informam que já confirmaram presença no protesto familiares de outras vítimas de violência como Ives Ota, sequestrado e morto aos oito anos em 1997, Liana Friedenbach, adolescente assassinada com seu namorado em 2003, e Victor Hugo, morto em abril deste ano na entrada de seu condomínio após assalto.

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O pai de Cinthya, Viriato Gomes da Silva também é esperado para a manifestação. O grupo tem o objetivo de protestar contra a violência e a falta de segurança em São Paulo.

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O crime

A dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, foi queimada viva durante um assalto dentro de seu consultório, na rua Copacabana, bairro do Jardim Anchieta, em São Bernardo do Campo. De acordo com a Polícia Militar, Cinthya atendia uma paciente — cujo nome não foi divulgado — quando criminosos apertaram a campainha. Um dos bandidos disse que precisava de atendimento odontológico e a dentista abriu o portão. Logo, mais dois invadiram a casa. A paciente ficou com os olhos vendados durante toda a ação e teve a bolsa, o celular e dinheiro roubados.

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Cinthya disse que estava com pouco dinheiro, mas forneceu o cartão do banco e a senha. Os criminosos sacaram R$ 30 da conta da dentista em um banco próximo ao local do crime.

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Segundo a paciente, única testemunha do crime, por volta das 12h30, a dentista começou a passar mal e, um dos bandidos, que aparentava ser menor de idade, resolveu encharcá-la com álcool para assustá-la. Segundo informações da polícia, eles queimaram a vítima por não terem conseguido levar mais dinheiro.

De acordo com o delegado seccional de São Bernardo, Waldomiro Bueno Filho, a paciente — que não ficou ferida — conseguia ouvir a dentista gritando "não faz isso" e pedindo socorro.

— Ela tentou apagar o fogo quando os bandidos fugiram, mas não foi possível. A dentista morreu em menos de três minutos.

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