Moradores de SP sofrem com o desabastecimento na luta contra o coronavírus
Reprodução Record TVMoradores de bairros de São Paulo e de municípios da Região Metropolitana enfrentam o desabastecimento na luta para conter o novo coronavírus. Na Brasilândia, zona norte da capital, onde vivem cerca de 300 mil, pessoas convivem com a falta de água desde antes da pandemia.
Na parte alta da cidade, as pessoas convivem com o desabastecimento diariamente. O fornecimento é interrompido às 18 horas. "Vai fazer um ano, a conta chega e a gente paga. A gente guarda para tomar banho, fazer uma janta. Limpar a casa, só de manhã", diz Suderlene Chagas, diarista. Outro morador diz que só não tem o problema porque tem caixa d'água.
De acordo com a Record TV, uma das recomendações da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) é que os imóveis tenham caixa d'agua. O preço dos reservatórios de mil litros, porém, é de cerca de R$ 300, o que corresponde a um terço do salário mínimo do Brasil. "Já reclamei e eles não resolvem", diz Suderlene.
Questionada pela reportagem, a Sabesp afirmou que os casos notificados têm sido veririficados e que a companhia reduziu a pressão durante a noite quando o consumo é menor. A Sabesp disse ainda que "houve aumento da demanda" em função da pandemia e que se adequa à nova demanda.
Os moradores do Jardim Itapark, em Mauá, na Região Metropolitana de São Paulo, estão há três anos sem água no bairro. Segundo os relatos, não tem hora pra isso acontecer e os moradores não conseguem planejer o armazenamento. O serviço de saneamento básico da cidade afirmou que aumentou o abastecimento diante da disseminação do novo coronavírus.