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Morro do Querosene terá festival em prol da construção de parque neste fim de semana

Luta pelo Parque do Peabiru em área de 39.000 m² na zona oeste de SP teve início há 15 anos

São Paulo|Do R7*

Terreno está avaliado em R$ 14 milhões, segundo associação
Terreno está avaliado em R$ 14 milhões, segundo associação Terreno está avaliado em R$ 14 milhões, segundo associação

Acontece neste fim de semana, dias 29 e 30, uma série de shows, apresentações de dança, poesia e oficinas em prol da criação do parque do Peabiru, na região do Butantã, zona oeste de São Paulo (veja abaixo a programação).

A região de 39.000 m² abriga uma parte do Caminho do Peabiru, itinerário utilizado por povos nativos da América do Sul para ligar Cuzco, no Peru, a São Vicente, no litoral paulista. A área [particular] é remanescente de Mata Atlântica e foi tombada em 2012.

Os moradores do bairro Vila Pirajussara (nome oficial) estão há 15 anos na luta para que a área se torne, oficialmente, um parque. Em 2011, eles conseguiram um DUP (Decreto de Utilidade Pública), que tem a finalidade de reservar o espaço para a criação de um parque. Porém, a prefeitura tem que desapropriar a área até agosto de 2016, quando vence o decreto.

A diretora da Associação Cultural do Morro do Querosene, Cecília Pellegrini, afirma que evento deste fim de semana foi idealizado para chamar a atenção dos moradores e da prefeitura para a demanda.

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— Neste momento, estamos lidando com a falta de água na capital. Lá existem três nascentes e todas desembocam em um bueiro.

A área está avaliada em R$ 14 milhões e, de acordo com Cecília, a prefeitura se demonstrou interessada na compra. Ela disse que, em conversa informal, o Secretário do Verde e Meio Ambiente, José Tadeu Candelária, confirmou a intenção de colocar o valor da compra na Lei Orçamentária de 2016.

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Procurada, a prefeitura não confirmou a compra do terreno. Em nota, afirmou que há de fato o decreto de utilidade pública e que há questões ambientais ligadas à área.

O festival não tem como objetivo arrecadar fundos para a criação ou compra do parque, segundo a diretora da associação.

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— Não pensamos na forma de arrecadar o dinheiro. É como uma manifestação na qual queremos mostrar alternativas, outras maneiras de olhar ao parque.

Cecília diz que a área sempre esteve abandonada, desocupada. Em 2011, os moradores da Vila Pirajussara fizeram o primeiro movimento de ocupação e, desde então, cuidam do parque "como se fosse o quintal de suas casas".

— Tá bastante abandonado. Tem esgoto a céu aberto – cobramos da prefeitura, mas ela diz que é particular e por isso não tem como interferir. A única solução foi os mutirões da população para cuidar da área.

História

Há 15 anos, os moradores da região do Morro do Querosene uniram-se pela luta na preservação e construção do parque. Em 2003, eles conseguiram que o local fosse considerado uma zona especial de preservação cultural. Em 2011, como já foi dito, conquistaram o decreto de utilidade pública para fins da criação do parque e, no ano seguinte, o CONPRESP (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) deliberou o tombamento da área como patrimônio ambiental, histórico e cultural. E por fim, em 2014, a revisão do plano diretor registrou a área como zona de proteção ambiental.

Festival conta com série de shows, oficinas e danças
Festival conta com série de shows, oficinas e danças Festival conta com série de shows, oficinas e danças

Programação do festival

Na sexta-feira (28), o I FAMQ (Fonte de Artes do Morro do Querosene) saiu em cortejo percorrendo ruas do bairro. Às 19h houve uma roda de conversa sobre a questão água e cultura.

No sábado (29) e domingo (30), a partir das 10h30, há uma série de artistas que se revezam em dois palcos situados na Travessa da Fonte (rua que dá acesso ao parque) para apresentações de jongo, samba de roda, capoeira, cacuriá, entre outros.

Simultaneamente, as poesias e apresentações de DJs acontecem no espaço. As oficinas de cinema, bordados, pinturas, tai chi pai lin e bebidas matinais funcionarão entre 10h30 e 16h, tanto no sábado quanto no domingo. 

*Colaborou Plínio Aguiar, estagiário do R7

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