A rebelião que destruiu parte das instalações do CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Jardinópolis, na região de Ribeirão Preto, no interior do Estado, começou durante uma revista de rotina, na manhã de ontem (29).
Os presos tomaram o presídio, destruíram as instalações e colocaram fogo em colchões. No tumulto, centenas de amotinados fugiram pelos canaviais que circundam o CPP.
Segundo a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária, não houve reféns, nem mortos. A situação foi controlada pelo Grupo de Intervenção Rápida da SAP com apoio da polícia militar ainda de manhã.
Leia mais notícias de São Paulo
Até a noite de ontem, já haviam sido recapturados 295 presos que estão sendo encaminhados à unidades penais de regime fechado. A Polícia Militar ainda realiza buscas.
Veja fotos da rebelião em presídio de Jardinópolis
A SAP instaurou sindicância para apurar o ocorrido e informou que não havia nenhum motivo para que os presos realizassem motim, salvo o descontentamento com a revista rotineira que foi realizada, cujo objetivo é a apreensão de celulares, drogas e outros objetos proibidos.
A alimentação dos presos é produzida na cozinha do próprio CPP, por presos devidamente treinados.
Ainda de acordo com a SAP, a penitenciária de Jardinópolis tem uma população carcerária composta por 1861 presos, sendo que a grande maioria exerce atividades laboterápicas. Desse total, 253 trabalham em empresas fora do presídio e 1349 dentro da unidade penal; 243 presos estudam; 419 participam de cursos profissionalizantes, .
Na saída temporária do Dia dos Pais, foram liberados 1166 presos para visita aos familiares, sendo que 1131 retornaram, o que representa 97%. O CPP é uma unidade de regime semiaberto e, por isso, não tem vigilância armada, os prédios que compõe o complexos são cercados por um alambrado.