Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

MPF pede obras emergenciais em barragem no interior de São Paulo

O reservatório fica no assentamento rural Zumbi dos Palmares, em Iaras, e está em condição de abandono, segundo o MPF

São Paulo|Agência Brasil

Na foto, duas cidades atingidas por rompimento de barragem na Bahia
Na foto, duas cidades atingidas por rompimento de barragem na Bahia Na foto, duas cidades atingidas por rompimento de barragem na Bahia

O Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública solicitando que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e a União realizem obras emergenciais e iniciem o processo de esvaziamento de uma barragem com risco elevado de colapso, em Iaras, interior de São Paulo. O MPF pede, ainda, a remoção imediata das famílias que poderão ser diretamente atingidas se a estrutura ceder. A ação exige ainda que a União e o Incra apresentem, imediatamente, os Planos de Segurança da Barragem (PSB) e de Ação de Emergência (PAE), obrigatórios para esse tipo de estrutura.

O reservatório fica no assentamento rural Zumbi dos Palmares, e está em condição de abandono, segundo o MPF. A barragem em Iaras tem cerca de 400 metros de extensão e espelho d’água de 240 mil metros quadrados.

“O Incra, responsável pela barragem, tem se negado a tomar providências para prevenir a ruptura alegando restrições orçamentárias. A autarquia reconhece que a precariedade da situação se deve à falta de medidas simples de manutenção ao longo dos anos, como a poda da vegetação, a remoção de formigueiros e a contenção de erosões”, disse o MPF em nota.

Leia mais: Risco em barragem deixa 122 crianças sem creche em Minas Gerais

Continua após a publicidade

Ainda segundo o MPF, em outubro do ano passado, técnicos do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (Daee) constataram o risco severo de rompimento do reservatório e indicaram a necessidade de obras urgentes no local. “Até agora, no entanto, as únicas intervenções na estrutura foram realizadas pela prefeitura de Iaras, de maneira pontual”, disse o MPF.

O MPF deseja que a União e o Incra sejam obrigados a fazer uma nova inspeção na barragem e implementar as obras imediatamente, caso sejam verificados o agravamento do risco ou indícios de colapso iminente. “Segundo o laudo do Daee, todas as ações para garantir a segurança da estrutura custariam em torno de R$ 1,9 milhão. O Incra afirma que a solução não só definitiva como também mais barata seria o esvaziamento do reservatório, mas alega não dispor nem mesmo dos R$ 261,5 mil necessários para a contratação desse serviço”, disse o MPF.

Continua após a publicidade

Veja também: MP quer que Vale adote ação de emergência em barragens no Pará

O Incra foi procurado, mas ainda não se manifestou.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.