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Mulher tentou pedir medida protetiva antes de ser morta por ex

Polícia Civil diz que não foram achados registros de que ela foi até a delegacia

São Paulo|Giorgia Cavicchioli, do R7

Geisa Daniele Soares Feitosa foi morta no sábado por Ricardo Daniel Pappalardo
Geisa Daniele Soares Feitosa foi morta no sábado por Ricardo Daniel Pappalardo Geisa Daniele Soares Feitosa foi morta no sábado por Ricardo Daniel Pappalardo

A mulher que foi morta na frente das filhas pelo ex-companheiro no último sábado (12), na zona leste de São Paulo, teria ido até a delegacia de São Matheus no dia quatro de agosto para pedir uma medida protetiva contra o homem, mas não conseguiu.

De acordo com Bárbara Rodrigues, prima da vítima, ela teria orientado Geisa Daniele Soares Feitosa a procurar seus direitos e evitar qualquer tipo de contato com Ricardo Daniel Pappalardo. Porém, na delegacia foi dito que era preciso investigar o caso antes de dar a medida protetiva.

A reportagem do R7 teve acesso a um áudio que Geisa teria enviado para a prima na data em que foi até a delegacia. Nele, a mulher diz que ficou mais de quatro horas esperando o atendimento e que tudo foi feito de portas abertas.

Mulher escreveu para prima
Mulher escreveu para prima Mulher escreveu para prima

Além disso, a mulher afirma que disseram para ela que o suspeito teria que ser ouvido antes de ser concedida uma medida protetiva. Em mensagem escrita, Geisa teria dito que se sentiu um “lixo” na delegacia e que chorou de indignação.

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A prima da vítima afirma que a mulher vivia um relacionamento abusivo com o homem e, depois de dar fim à relação, começou a ser ameaçada e chantageada por ele.

A reportagem também teve acesso à mensagens e áudios que teriam sido enviados por Ricardo à Geisa antes de ele cometer o crime. Em uma mensagem de voz, ele diz: “Eu não entendo porque você não morreu naquele parto. Como o diabo consegue te segurar viva”?

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Em mensagens escritas, ele xinga a mulher várias vezes e diz que ela iria se “arrepender de ter nascido”.

Depois de cometer o crime, o homem se entregou e foi apresentado ao juiz em audiência de custódia e liberado em seguida. De acordo com o TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), ele vai responder ao processo por homicídio qualificado por motivo fútil em liberdade.

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A reportagem do R7 entrou em contato com a SSP (Secretaria da Segurança Pública) via sua assessoria de imprensa e fez os seguintes questionamentos sobre o caso:

Por quais motivos a medida protetiva não foi dada para ela?

Por quais motivos o agressor precisa ser ouvido?

Por quais motivos a vítima ficou esperando por quatro horas?

Qual a orientação sobre a preservação da vítima? Por qual motivo as portas ficam abertas?

Sobre as perguntas, a pasta emitiu a seguinte nota: “A Polícia Civil esclarece que não foram encontrados registros de boletins de ocorrências ou de que Geisa Daniele Soares Feitosa teria comparecido à 8ª DDM no dia 4 de agosto deste ano. Vale citar que a ocorrência que vitimou a mulher foi registrada no 69º DP, o autor do crime foi preso em flagrante e segue à disposição da Justiça”.

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