O muro de vidro da Raia Olímpica da USP (Universidade de São Paulo), ao lado da marginal Pinheiros, amanheceu quebrado novamente nesta terça-feira (24). É a terceira vez em 20 dias que o objeto é depredado.
Desta vez, a Polícia Militar foi acionada por volta de 1h56 e, ao chegar no local, encontrou os vidros da raia quebrados.
Na última sexta-feira (20), duas partes do muro amanheceram quebradas. Contatada, a Secretaria das Prefeituras Regionais confirmou os danos, mas não deu detalhes sobre o caso. Apenas comentou que equipes trabalhavam na execução do muro, além de providenciarem a substituição da peça danificada. Mais tarde, a pasta enviou uma nova nota, dizendo que a peça foi substituída.
A primeira vez aconteceu na quarta-feira (18). A peça foi trocada por outro painel que seria utilizado na obra de extensão do muro, que deverá ter 2,2 quilômetros com a inauguração de outro trecho até maio.
Proposta
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), entregou a conclusão da primeira etapa do novo muro da Raia Olímpica da USP (Universidade de São Paulo) no dia 4 de abril. A obra completa, no entanto, será inaugurada em maio.
Cada painel tem 1,80 metro de largura e 3,15 metros de altura. Os vidros são temperados com 12 milímetros de espessura e película de proteção. As placas de vidro também estão recebendo adesivos com imagens para evitar a colisão das aves que voam na região. No total, serão usados 12.680 m² de vidro jumbo (221.000 kg).
Obras
A primeira fase da obra foi iniciada em outubro de 2017 e a demolição de parte do muro de concreto ocorreu no último dia 31 de março. A segunda fase já está em andamento e a obra completa está prevista para ser inaugurada em 5 de maio.
O projeto é assinado pelo escritório de arquitetura Jóia Bergamo. Orçado em R$ 20 milhões, está sendo custeado por mais de 40 empresas, não onerando financeiramente a Universidade.
"Foram oito meses de trabalho para chegar a este resultado desde o planejamento ao início da execução. É uma obra inusitada. É a maior extensão em linha reta de vidro da América Latina", disse Doria.
Por meio de nota, a Prefeitura de São Paulo informou que repudia os atos de vandalismo contra o muro de vidro da USP, uma obra da universidade custeada pela iniciativa privada em benefício da cidade. Para colaborar com a segurança do local, a Prefeitura afirmou que fará um convênio com a USP para que a Guarda Civil Metropolitana possa patrulhar a área.