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Não havia prova técnica que condenasse Gil, diz perito contratado pela defesa de condenado

Após cinco dias de julgamento, Gil Rugai foi condenado pela morte de pai e madrasta 

São Paulo|Do R7, com Cidade Alerta

Ricardo Molina foi contratado pela defesa de Rugai para elaborar novo laudo
Ricardo Molina foi contratado pela defesa de Rugai para elaborar novo laudo Ricardo Molina foi contratado pela defesa de Rugai para elaborar novo laudo

O perito Ricardo Molina, contratado pela defesa e Gil Rugai, condenado pela morte de seu pai e sua madrasta em 2004, acredita que a “defesa fez sua parte” e declarou que não havia nenhuma prova consistente que mostrasse a culpa de Gil Rugai no crime. 

— [A defesa] apresentou provas que tiravam o réu da cena do crime. Eu acho que não há prova técnica que condene Gil .

Durante os cinco dias de julgamento, a defesa de Gil Rugai explorou falhas na investigação e erros na perícia realizada na época do crime. Segundo Molina, os advogados de Gil devem entrar com recurso.

— Claro que vai haver recurso, inclusive porque têm provas materiais que despareceram. Se o julgamento fosse técnico, a prova do pé seria extraída do processo porque não vale nada, a materialidade da prova não ficou consignada.

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Para Molina, o júri pode não ter compreendido totalmente as provas apresentadas pela defesa.

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— O júri não tem um conhecimento técnico para entender. É uma decisão que um sorteio diferente poderia mudar o resultado. É um júri acima da média, mas esse caso tem um competente muito explorado que é a imagem que se criou do acusado.

Molina disse, também, que Gil recebeu a notícia com tristeza, mas apresentou tranquilidade

— Ele é daquele jeito. Fica triste, mas encara tudo com muita serenidade — e não frieza.

Relembre o caso

O publicitário Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e sua mulher, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, foram assassinados a tiros dentro da casa onde moravam em Perdizes, zona oeste de São Paulo no dia 28 de março de 2004.

Alessandra foi baleada cinco vezes na porta da cozinha, segundo laudo da perícia. Luiz Carlos teria tentado se proteger na sala de TV. A pessoa que entrou no imóvel naquela noite arrombou a porta do cômodo com os pés e disparou quatro vezes contra o publicitário.

O comportamento aparentemente frio de Gil Rugai, na época com 20 anos, ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção da polícia, que passou a suspeitar dele.

Os peritos concluíram que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato de Rugai, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética, teria apresentado lesão no pé direito.

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Na mesma semana do duplo homicídio, os policiais encontraram no quarto do rapaz, um certificado de curso de tiro e um cartucho 380 deflagrado, o mesmo calibre da arma usada no assassinato do casal.

As investigações apontaram ainda que ele teria dado um desfalque de R$ 228 mil na empresa do pai, a Referência Filmes, falsificando a assinatura do publicitário em cheques da firma. Poucos dias antes do assassinato, ele foi expulso de casa.

Um ano e três meses após o duplo homicídio, uma pistola foi encontrada no poço de armazenamento de água de chuva do prédio onde o rapaz tinha escritório, na zona sul. Segundo a perícia, seria a mesma arma de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas.

Rugai respondeu pelo crime em liberdade e foi julgado por duplo homicídio qualificado por motivo torpe.

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