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Nove em cada dez enfermeiros de SP se sentiram exaustos no último semestre, mostra estudo

De 13 mil profissionais, 70,2% perceberam piora na qualidade de vida, e 76,2% não se veem valorizados enquanto categoria

São Paulo|Do R7

74,3% não tiveram alteração no salário e 7,9% sofreram redução
74,3% não tiveram alteração no salário e 7,9% sofreram redução 74,3% não tiveram alteração no salário e 7,9% sofreram redução

Nove em cada dez enfermeiros de São Paulo se sentiram exaustos (94%), e observaram esse mesmo sentimento em colegas de trabalho (95,5%) nos últimos seis meses, revelou pesquisa realizada pelo Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo), divulgada nesta sexta-feira (20).

Dos 13.267 profissionais ouvidos, entre enfermeiros, obstetrizes, técnicos e auxiliares de enfermagem, 70,2% notaram piora na qualidade de vida, em atributos como bem-estar físico, mental, psicológico e emocional e nos relacionamentos sociais.

O estudo, que coletou dados entre 28 de abril e 9 de maio, revelou que três quartos (76,2%) dos respondentes não veem uma valorização da categoria.

James Francisco dos Santos, presidente do Coren-SP, cita o piso salarial, a jornada de 30 horas semanais e as salas de descanso como conquistas que diminuiriam, entre os profissionais, o sentimento de insatisfação.

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“São pautas em discussão e que, se vigentes, poderiam favorecer a qualidade de vida e o sentimento de valorização dos profissionais de enfermagem”, avalia.

Como exemplo, menos de um quinto (17,9%) disse ter recebido aumento de salário — 74,3% não tiveram alteração e 7,9% sofreram diminuição —, enquanto aproximadamente quatro em cada dez (38,5%) relataram mais horas trabalhadas e 26,4% perceberam piora na qualidade de trabalho.

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Nesse último aspecto, são considerados o fornecimento de EPIs, a quantidade adequada de profissionais e a disponibilidade de insumos.

Perfil de trabalho

Dos trabalhadores ouvidos, um quinto trabalhava em dois empregos ou mais: 18,6% atuam em dois, enquanto 1,4% atua em mais de três trabalhos.

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A renda familiar dos respondentes era de até dois salários mínimos para 32,2%, de dois a quatro salários para 41% e de quatro a dez para 23,8%. A renda dos 3% restantes ultrapassava dez salários mínimos.

Hospital (44%), pronto atendimento (16,7%) e UBS (14,3%) são os tipos locais de trabalho mais citados.

Do total, 43,4% atuavam em instituições particulares, 35,6%, em municipais, 16%, em públicas estaduais e 14,8%, em filantrópicas.

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