O verão de 2022 acabou neste domingo (20) com 50 pessoas mortas em decorrência das chuvas no estado de São Paulo, o dobro do registrado na estação no ano passado. É o que aponta um levantamento da Defesa Civil de São Paulo da Operação Chuvas de Verão, realizada todos os anos de 1º de dezembro até 31 de março para reduzir os danos de inundações e deslizamentos.
Em outros estados, como Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro, os eventos climáticos também causaram caos neste verão, com mais de 380 mortes no total e centenas de milhares de desabrigados.
As estatísticas da temporada em São Paulo estavam abaixo da média até a série de deslizamentos que ocorreram no final de janeiro em cinco municípios da Grande São Paulo. Foram 34 vítimas, em tragédia considerada uma das piores da história do estado relacionadas às chuvas.
O desastre levou o governador do estado, João Doria (PSDB), a determinar o repasse de R$ 15 milhões para obras de emergência e ações de acolhimento nas cidades mais afetadas. O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), também visitou região.
Entre as causas das mortes, a maioria foi de deslizamentos (31), atrás das enchentes e enxurradas (14), raios (2), outros motivos (2) e inundações (1). A região mais afetada foi a de Guarulhos, com 24 fatalidades registradas.