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Para delegado, menino saiu após chacina "porque não queria ficar com os pais mortos na casa"

Polícia tenta descobrir qual foi a motivação do crime; garoto é apontado como único suspeito

São Paulo|Do R7, com Rede Record

Marcelo ao lado do pai, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini
Marcelo ao lado do pai, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini Marcelo ao lado do pai, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini

A polícia tenta descobrir o que pretendia Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, na noite em que os pais — um casal de policiais militares —, a avó e a tia-avó foram assassinados. Os corpos foram encontrados em duas casas localizadas em um mesmo terreno, na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo. O menino, que também morreu, é apontado como o único suspeito da chacina.

Perto da porta de entrada de um dos imóveis, havia uma mochila. Dentro, a perícia encontrou material escolar do garoto, dinheiro e uma arma calibre 32 que pertencia à mãe dele, cabo Andréia Regina Bovo Pesseghini. Segundo o delegado Itagiba Franco, do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), na bolsa, havia ainda muito rolo de papel higiênico, faca, além de roupas. Franco diz que não sabe se Marcelo queria fugir ou apenas se ausentar de casa.

— Não sabemos qual seria o objetivo dele naquela noite. Realmente não dá para perceber o que ele pretendia naquela noite. Fugir ou se ausentar da casa. Minha hipótese é de que, provavelmente, ele foi para o local onde deixou o carro, porque não queria ficar com os pais mortos na casa.

Câmeras de segurança de um prédio próximo à escola onde ele estudava flagraram Marcelo saindo do automóvel da família e indo para a aula, pouco depois das 6h de segunda-feira (5), horas antes de os corpos serem descobertos.

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A motivação do crime intriga a polícia. O delegado diz que “essa é uma pergunta que pode ficar sem resposta”.

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— Infelizmente, todos estão mortos, não há testemunhas. Quem sabe, futuramente, a gente consiga alguém, um amigo, alguém que ainda não foi ouvido, que possa dizer o que estava atormentando aquele garoto.

Ele reitera que a principal linha de investigação é a de que o adolescente seria o autor das mortes, mas que nenhuma hipótese será descartada.

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— Volto a repetir, se surgirem outras [linhas], elas serão investigadas com carinho e com profissionalismo.

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O caso

Na sala da casa, estavam o sargento Luís Marcelo; o cabo Andréia e o menino Marcelo. Em uma casa no mesmo terreno, sobre uma cama, foram achados os corpos da mãe de Andréia e da irmã dela, tia da policial.

As investigações policiais indicam que o adolescente teria matado a família, entre a noite de domingo (4) e a madrugada de segunda-feira (5). Ele teria dirigido o carro da mãe até a escola onde estudava, a cerca de 5 km da casa. Uma câmera de segurança da região teria flagrado o jovem saindo do veículo.

Após a aula, ele pegou carona com o melhor amigo. O pai do garoto o deixou na frente de casa. Marcelo teria dito que não havia necessidade de chamar o pai porque ele estava dormindo.

O delegado Itagiba Vieira Franco, da Divisão de Homicídios, disse que o inquérito não está concluído, mas tudo leva a crer que o filho do casal de PMs premeditou a chacina. Esse melhor amigo, também de 13 anos, contou à polícia que Marcelo tinha o desejo de ser matador de aluguel, matar os pais e fugir com o carro deles.

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