Com a promessa de que a circulação de ônibus será interrompida na capital das 10h às 14h de quarta-feira (5), o Spurbanuss, sindicato das empresas, pediu aos motoristas e cobradores que mantenham ao menos 50% da frota circulando. A entidade disse ainda que apoia a causa defendida pela categoria, que exige mais segurança no trabalho.
Spurbanuss informou que enviou um ofício nesta terça-feira (4) ao Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano) com a recomendação. A entidade, no entanto, disse que até o momento não viu necessidade de entrar na Justiça para tentar barrar a paralisação.
O objetivo do Sindmotoristas é que todos os 14.300 ônibus da capital deixem de circular nas quatro horas de protesto. Os 32 terminais da cidade deverão ficar fechados.
Os trabalhadores querem que o protesto sirva para conscientizar a população da violência. Só este ano, 119 coletivos foram incendiados, segundo o sindicato patronal. O número é 124% maior do que durante o ano passado inteiro.
Procurado, o Sindimotoristas não soube informar se vai manter parte da frota circulando.
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Morte
Um dos objetivos da mobilização é protestar contra a morte do motorista John Carlos Soares Brandão, que teve o corpo queimado por criminosos enquanto trabalhava em uma linha da Viação Santa Brígida em outubro, no Jaraguá, zona norte. O condutor ficou alguns dias internado no Hospital Estadual de São Mateus, na zona leste, mas não resistiu aos ferimentos. Ele morreu na semana passada.
No final de outubro, o sindicato promoveu uma passeata pelo centro da capital, cobrando justiça e maior proteção dos profissionais que trabalham no setor. A manifestação saiu da sede da entidade, na Liberdade, e passou pelas secretarias municipal dos Transportes e estadual da Segurança Pública.