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PM é acusada de transfobia em abordagem: 'Tem que ter no RG'

Luna Nunes afirma que agente insistiu em chamá-la de 'ele' e diz que outros policiais também a destrataram e riram dela 

São Paulo|Mariana Rosetti, da Agência Record

Um vídeo flagrou uma policial militar em abordagem à transexual Luna Nunes, de 22 anos, que denunciou ter sido vítima de transfobia durante episódio ao ter sua identidade de gênero e nome social questionados. "Quer que chame de mulher, vai trocar o nome na certidão. Tem que ter no RG o nome de mulher. Por enquanto, é homem. Vai, rapa fora daqui!", diz a policial nas imagens.

Luna contou que o vídeo foi gravado no último domingo (30), quando ela estava em uma tabacaria com as amigas, no bairro Mutinga, em Osasco. Já durante a madrugada, aconteceu um acidente de trânsito em frente ao estabelecimento. Um casal, em uma motocicleta, atropelou uma mulher e depois fugiu.

Acompanhada de seu grupo, Luna foi socorrer a vítima e acionou a ambulância e também a Polícia Militar. A mulher contou que as agressões verbais começaram com a chegada dos policiais, que riram e destrataram os integrantes do grupo.

Em determinado momento, a policial disse "é para ele se afastar", referindo-se a Luna. Suas amigas escutaram e repreenderam o uso incorreto do pronome, dizendo "é ela".

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Foi quando um dos amigos conseguiu gravar o momento em que a policial diz que, se Luna quiser ser chamada com o pronome feminino, precisará alterar seu nome na certidão e no RG. Enquanto não fizer a alteração, ela é um homem.

A Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) se manifestou sobre o caso em suas redes sociais dizendo que "transfobia é crime imprescritível no Brasil. E o direito à autodeclaração de gênero foi assegurado pelo Supremo Tribunal Federal desde 2018".

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De acordo com Luna, eles foram embora do local e, até o momento, não registraram boletim de ocorrência. O incidente aconteceu um dia após a celebração do Dia da Visibilidade Trans, em 29 de janeiro.

A mulher conta que pretende reunir as amigas e fazer o registro oficial em uma delegacia, já que a atitude da policial foi transfóbica e ofende não só a ela, mas a todas as amigas transexuais que estavam presentes.

A Polícia Militar esclareceu que foi instaurado um procedimento interno para analisar a conduta da policial, que também será reorientada.

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