Horas depois de a delegada Elisabete Sato, diretora do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), afirmar que a polícia tem dificuldade de entrar em Paraisópolis, a PM fez uma operação na favela.
A ação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública em seu site.
De acordo com a pasta, a Polícia Militar apreendeu, na tarde de quinta-feira (9), 600 porções e 6,5 tijolos de drogas. Também foram recolhidos duas armas, munições e explosivos.
Pela manhã, em seminário organizado pelo MPD (Movimento do Ministério Público Democrático), Sato havia relatado dificuldades da polícia para entrar na comunidade — a maior de São Paulo, com 43 mil habitantes, segundo o IBGE.
“Eu converso muito com os nossos investigadores. Os nossos investigadores falaram na semana passada: 'Doutora, tá difícil entrar na Paraisópolis. Nem a PM e nem a Rota [Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar] está entrando lá'”, afirmou.
A declaração foi rebatida, durante o seminário, pelo comandante do policiamento da área central da cidade, Francisco Alves Cangerana Neto. O coronel afirmou que a PM entra em qualquer lugar da cidade.
A operação de quinta à tarde em Paraisópolis foi desencadeada por equipes do 16º Batalhão, do 2º Batalhão de Policiamento de Choque e do Canil Central, da Cavalaria da PM. A ocorrência foi registrada no 89º Distrito Policial (Portal do Morumbi).