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Polícia busca imagens e procura suspeito de atropelar ciclista em MG

Identificado, primeiro dono do veículo disse à polícia que vendeu o veículo em 2017 e tem documentação. Marina Harkot morreu no sábado (7)

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

A polícia de São Paulo busca imagens de câmera de segurança e testemunhos para investigar o caso da cicloativista e pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo) Marina Kohler Harkot, de 28 anos, que morreu atropelada na noite do sábado (9), no bairro do Sumaré, na zona oeste de São Paulo.

Além disso, a polícia de São Paulo também concentra as investigações no estado de Minas Gerais. Uma equipe da polícia teria se deslocado até o estado para localizar o suspeito de atropelar a cicloativista sem prestar apoio. Houve contato com o primeiro proprietário do veículo encontrado, mas as investigações seguem no estado mineiro para localizar o responspavel pelo atropelamento.

A cicloativista estava de bicicleta quando foi atingida por um carro, que fugiu do local. A principal testemunha do caso foi à delegacia na segunda-feira (9) para prestar depoimento. A via onde Marina foi atropelada, conforme as apurações iniciais, é bem iluminada e, possivelmente, o motorista conseguiu enxergá-la.

Leia mais: Identificado antigo dono de carro usado em morte de ciclista

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Uma policial militar de folga foi uma das pessoas que prestaram socorro à Marina. A ciclista foi enterrada na segunda-feira (9), em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Após a morte de Marina, outros cicloativistas organizaram manifestações pedindo por justiça e mais respeito no trânsito. O caso é investigado pelo 14º DP (Pinheiros).

Cicloativista morreu atropelada na zona oeste de SP
Cicloativista morreu atropelada na zona oeste de SP Cicloativista morreu atropelada na zona oeste de SP

Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego estima que o SUS (Sistema Único de Saúde) gasta R$ 15 milhões por ano para tratar ciclistas vítimas de trânsito. De janeiro a setembro deste ano, 24 pessoas morreram andando de bicicleta em São Paulo.

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Marina era ativista feminista e de movimentos que defendiam melhores políticas de mobilidade urbana. Levou sua luta também para a vida acadêmica. Formada em Ciências Sociais pela USP, era mestra e doutoranda pela FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP), onde atuava como pesquisadora colaboradora do LabCidade (Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade).

Segundo informações de seu currículo Lattes, ela vinha se aprofundando em sua pesquisa de doutorado "no debate sobre segregação socioterritorial a partir de abordagens de gênero, raça e sexualidade". Na dissertação de mestrado, defendida em 2018, Marina já havia estudado a relação entre gênero, mobilidade e desigualdade.

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Mobilização nas redes sociais

Movimentos cicloativistas organizaram no domingo (8) um ato em homenagem à Marina no qual pedirão mais segurança no trânsito e justiça para a jovem. O ato será realizado na Praça do Ciclista, próximo à Avenida Paulista, na região central.

Nas redes sociais, amigos da jovem e movimentos sociais demonstraram indignação pela morte. "O motorista que a atropelou segue foragido. Basta de mortes de ciclistas e pedestres no trânsito, isso não é normal!", publicou o movimento Mobilize Brasil no Twitter, com a hashtag #NaoFoiAcidente.

O cicloativista Daniel Guth, diretor executivo da Aliança Bike, questionou as regras de trânsito adotadas em vias como a avenida em que Marina foi morta e cobrou responsabilização dos gestores municipais. "Passou da hora de incluir prefeitos e secretários como corresponsáveis pelas mortes no trânsito. Talvez desta forma as coisas mudem. Uma via ampla em declive, sem fiscalização e com limite de 50 km/h não é condizente com a vida. E as blitz da lei seca? Viraram lenda urbana", escreveu ele no Twitter.

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL) lamentou a morte e cobrou justiça. "Muito triste com a notícia do falecimento da querida Marina Harkot. Jovem pesquisadora e ativista em defesa da mobilidade urbana, Marina foi vítima da violência no trânsito. Aos familiares, colegas e amigos, expresso meus sentimentos de profundo pesar. Contem comigo na luta por justiça. Marina presente!", escreveu ela, em sua conta no Facebook.

A cicloativista e candidata a vereadora Renata Falzoni exigiu investigação e punição para os responsáveis pelo atropelamento. "Estamos em CHOQUE com a violência do trânsito de SP que fez mais uma vítima: nossa amiga e colega de luta, Marina Harkot. Exigimos apuração plena do ocorrido e justiça! É inacreditável tanta violência. Nenhuma morte no trânsito é aceitável! Luto total. #NaoFoiAcidente", escreveu ela.

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