Polícia apreende dinheiro falso em Minas
DivulgaçãoO R7 teve acesso a um áudio em que um agente não identificado fala sobre uma filmagem feita durante ação que terminou em troca de tiros entre agentes da Polícia Civil de São Paulo e Minas Gerais em Juiz de Fora na última sexta-feira (19).
No áudio, o autor afirma que os policiais mineiros estariam enquadrados no artigo 157 do Código Penal — roubo mediante uso de violência. A polícia investiga câmeras de segurança pra confrontar versões de investigadores de SP e MG sobre tiroteio.
Segundo o áudio, o policial civil mineiro que morreu na ação é visto em imagens de câmera de segurança abordando um dos agentes paulistas. Ainda segundo a gravação, o vídeo mostra o policial mineiro atirando primeiro.
A teoria apresentada no áudio é de que os policiais paulistas teriam achado que tratava-se de um assalto. Segundo o autor, não identificado, os agentes mineiros chegaram a dizer "perdeu, perdeu!".
Procurada pelo R7, a Polícia Civil de MG informou que não há nenhuma atualização sobre o caso e que a investigação espera os resultados da perícia. Imagens foram colhidas e estão sendo analisadas. A Civil de MG também foi ao hotel e apreendeu os materiais que estavam lá.
A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) também informou que não há atualizações e que as investigações seguirão pela Polícia Civil de Minas Gerais.
O caso
Na tarde de sexta-feira (19) agentes da Polícia Civil de São Paulo e de Minas Gerais trocaram tiros no estacionamento do hospital Monte Sinai, em Juiz de Fora.
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Na ação, o policial de Minas Rodrigo Francisco, 39 anos, e o empresário Jerônimo da Silva Leal Junior, de 42 anos, morreram. Foram apreendidos cerca de R$ 15 milhões em notas de R$ 100 falsas, munições, armas e dois carros.
O R7 apurou que as investigações iniciais apontam que empresários de SP e de MG estariam fazendo negociações há alguns dias — os paulistas trocariam dólares por reais com os mineiros. Com receio do que poderia acontecer durante a troca, os paulistas contrataram um serviço de segurança. O dono dessa empresa é irmão de um investigador da Polícia Civil de SP.
A negociação entre os empresários não deu certo e terminou em tiroteio entre os agentes de São Paulo e Minas.
Quatro policiais civis de SP foram autuados em flagrante por lavagem de dinheiro, e outros quatro foram liberados. O segurança paulista, que está internado no hospital, foi autuado pelo homicídio do policial mineiro. O dono do dinheiro falso foi preso por tentativa de estelionato.
Já os policiais mineiros foram autuados por prevaricação — quando um funcionário público exerce sua função indevidamente. Após a ação, foram apreendidos cerca de R$ 15 milhões em notas falsas, celulares, armas, munições e dois veículos.
Confira as imagens das malas de dinheiro: