Jackson Saracho de Lima, de 23 anos, foi morto por policiais militares na noite desta terça-feira (14) na favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo.
Segundo a versão dos policiais, registrado no BO (Boletim de Ocorrência), Lima teria fugido quando avistou os PMs durante patrulhamento e aberto fogo contra eles em uma viela dentro da favela.
Ainda segundo o relato oficial, Lima foi atingido e encaminhado ao Hospital Bandeirantes, mas não resistiu aos ferimentos. As armas dos policiais e a suposta arma do suspeito foram apreendidas.
O caso será investigado pelo DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa) como porte ilegal de arma de uso restrito, resistência e morte em decorrência a oposição a intervenção policial.
Em setembro de 2013, Lima havia sido detido em flagrante por tráfico de crack, cocaína e maconha na região.
Polêmica
Essa é a segunda ação da PM em Paraisópolis apósna polêmica em torno de uma afirmação da delegada Elisabete Sato, diretora da divisão de homicídios do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa). Na quinta-feira (9), durante um encontro sobre segurança pública, Elisabete disse que a polícia paulista não entrava na favela.
“Eu converso muito com os nossos investigadores. Os nossos investigadores falaram na semana passada: 'Doutora, está difícil entrar na Paraisópolis. Nem a PM e nem a Rota [Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar] está entrando lá'”, revelou.
Horas depois, na quinta-feira, a PM realizou uma operação na região, com participação do 2º batalhão da tropa de choque. Participaram também equipes do 16º Batalhão, do Canil Central e da Cavalaria. A ocorrência foi registrada no 89º Distrito Policial (Portal do Morumbi).