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Polícia usa robô para entregar água a sequestrador na zona norte de São Paulo

Segundo a PM, o acionamento das equipes foi para um roubo com retenção de vítima. As vítimas foram liberadas após 2h30 no veículo

São Paulo|Do R7 e Isabelle Gandolphi, da Agência Record

Robô é usado para levar objetos para sequestradores na Brasilândia, em São Paulo
Robô é usado para levar objetos para sequestradores na Brasilândia, em São Paulo Robô é usado para levar objetos para sequestradores na Brasilândia, em São Paulo

Um robô blindado foi usado durante uma negociação para libertar um casal de vítimas de sequestro, na manhã desta sexta-feira (21), na Brasilândia, na zona norte de São Paulo. As equipes do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) mantiveram as negociações com o sequestrador por mais de 2h30. O robô chegou a entregar uma garrafa de água ao homem. 

A polícia acredita que o sequestrador possa ter tentado fazer transferências por meio do Pix durante o período em que permaneceu no carro. O homem, identificado como Bruno, exigiu da polícia água, cigarro e advogado para liberar as vítimas na zona oeste de São Paulo.

A ocorrência começou às 6h40 na avenida das Cerejeiras, na Vila Maria, também na zona norte, quando três suspeitos abordaram um casal a caminho do trabalho. Pessoas que presenciaram o crime acionaram a corporação para um roubo com vítima. Porém, não souberam informar a placa do carro, somente as características.

As equipes iniciaram as buscas, quando o carro, um Land Rover modelo Velar, do ano de 2021, passou pelo radar do Projeto Detecta, próximo ao Sambódromo do Anhembi. O automóvel é avaliado em mais de R$ 500 mil.

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Com isso, as viaturas intensificaram as buscas. Na rua Eurídice Bueno, altura da estrada do Sabão, na Vila Serralheiro, na Brasilândia, o carro foi visto. As equipes deram a ordem de parada, que não foi obedecida.

Nesse momento, dois dos três envolvidos conseguiram pular do veículo e fugir a pé. O carro, que é blindado, ficou com uma marca de tiro no para-brisa. Até o momento, não há informação se o disparo veio de fora ou de dentro do automóvel.

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O sequestro

O terceiro homem, identificado somente como Bruno, de 30 anos, permaneceu dentro do carro e manteve o casal refém por cerca de três horas. Segundo a polícia, a demora para se entregar se deu porque ele realizava transferências via Pix das contas bancárias das vítimas.

O homem fez quatro exigências à polícia: uma água, um cigarro, a presença da mãe e de um advogado. A namorada do suspeito também esteve no local. As negociações ocorreram por meio de chamadas de vídeo com o sequestrador.

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Após cerca de três horas, por volta das 9h50, Bruno liberou, primeiro, a mulher. Em seguida, o suspeito desceu do carro, usando o homem como escudo. Desarmado, ele ergueu os braços e se entregou.

Segundo informações, Bruno havia sido preso por tentativa de roubo e estava detido em um presídio na região metropolitana de São Paulo. Ele deixou o sistema durante uma saída de Dia dos Pais e nunca mais retornou.

Vítimas sem ferimentos

As vítimas não sofreram ferimentos, mas Bruno estava com um sangramento na cabeça, que a polícia acredita ter sido causado pelos estilhaços do vidro do para-brisa. Ele foi encaminhado a um pronto-socorro da região.

No interior do veículo, foram encontradas chaves de carros — que a PM vai verificar a quem pertencem; uma arma, modelo pistola, do criminoso; e os celulares das vítimas, quebrados e com chips destruídos, para esconder os rastros das transferências bancárias.

As vítimas estão sendo ouvidas e, até o momento, não há informação do prejuízo sofrido pelo casal. Atenderam à ocorrência equipes da Polícia Militar, do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e do Choque. O caso é encaminhado à Divisão de Antissequestro do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope).

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