Golpista usava pefil nas redes sociais para atrair vítimas na zona leste de SP
Reprodução/Record TVUma mulher foi presa nesta segunda-feira (11) suspeita de usar um aplicativo de namoro para aplicar um golpe popularmente conhecido como “boa noite cinderela” na zona leste de São Paulo. Ela convidava homens de alto poder aquisitivo para um drinque no apartamento onde morava. Lá, ela dopava e roubava as vítimas.
“É uma mulher bonita, jovem, ela chama atenção. Por meio do site de relacionamento, as pessoas se interessavam , contatavam, e ela usava a beleza como arma pra subtrair os valores dessas pessoas”, conta o delegado Edson Carlos Tavares.
Assim que os homens chegavam ao apartamento, a mulher oferecia uma bebida em que ela já teria misturado drogas e medicamentos controlados. As vítimas contam que, minutos depois, ficavam desorientadas. Sem consciência dos atos, forneciam o cartão bancário e a senha.
Nos últimos dois meses, cinco homens prestaram queixa na delegacia. No total, o prejuízo total informado pelas foi de cerca de R$ 30 mil.
Uma das vítimas contou à Record TV que a mulher gastou R$ 6 mil no cartão dele em quatro lojas de um shopping. “Ela comprou roupas de marcas, comprou óculos. Eu relato que tive um
prejuizo de quase seis mil reais com essa mulher”, afirma.
Até o combustível do carro dela, foi pago com o cartão da vítima dopada. As câmeras de segurança do posto registraram o momento.
Um empresário italiano teve três encontros com a mulher até que, no último, perdeu R$ 15 mil. Ficou tão desorientado com a droga que bateu o carro. "Depois que teve golpe, peguei meu carro, voltei praticamente pra empresa e no meio do trânsito já teve o primeiro acidente. Mais um prejuízo."
Até hoje, o homem nao se lembra de como entregou a senha e o cartão. "Só muitos apagões e alguns flashes. Você acaba lembrando algumas coisinhas e não lembrando totalmente o que aconteceu", diz a vítima.
A mulher vai responder por roubo e pode pegar até 15 anos de cadeia. No apartamento, a polícia encontrou uma máquina de débito para a aplicar os golpes quando os homens adormeciam.
A polícia agora tenta identificar o fornecedor que entregava os medicamentos usados para dopar as vítimas.