Leandro Patrocínio
Reprodução/Record TV - 31.05.2021Um terceiro suspeito de envolvimento na morte do soldado da Polícia Militar Leandro Patrocínio foi preso no sábado (5) durante uma operação da Polícia Civil em uma operação contra o tráfico de drogas.
Policiais do 03º CERCO (Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado) prenderam três traficantes, entre eles o homem identificado posteriormente como um dos suspeitos de envolvimento na morte de Patrocínio.
Durante a operação, foram apreendidos um carro da marca Audi, 20 kg de drogas, dez celulares, dinheiros e cheques.
Após a captura, o suspeito foi levado ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), onde houve a confirmação de que o suspeito é um dos investigados por envolvimento no sequestro e morte do PM.
O PM Leandro Patrocínio, de 30 anos, desapareceu em 29 de maio, depois de ingressar na comunidade de Heliópolis, na zona sul de São Paulo. O corpo foi localizado no dia 5 de junho em um terreno da Petrobras com auxílio de cães farejadores. O moletom preto usado por ele estava ao lado do corpo. Também o estado de decomposição indicava, segundo a polícia, que era mesmo o agente desaparecido.
Leandro estava lotado em um batalhão da Polícia Rodoviária Estadual, localizado na rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Ele entraria no trabalho às 5h de domingo (30), porém nunca apareceu. Apesar de ser do Rio, ele estava há 5 anos na Polícia Militar de São Paulo.
De acordo com Kelly Patrocínio, irmã do policial, ele era casado e tinha uma filha de 1 ano e 10 meses. Leandro residia no quartel e, nas folgas, retornava ao Rio. O soldado era muito tranquilo e nunca havia recebido ameaças, segundo Kelly.
Leandro foi da mesma turma de formação na Polícia Militar da soldado Juliane dos Santos Duarte, morta na favela de Paraisópolis, também na zona sul paulistana, em agosto de 2018.
As circunstâncias são semelhantes ao crime que vitimou a soldado Juliane. Na ocasião, ela estava em uma festa em um bar na comunidade do Paraisópolis, e após uma confusão no bar onde estava, foi abordada, os criminosos confirmaram sua identidade como policial militar, e após raptarem, houve a execução.