Caminhoneiros protestaram contra Doria e Covas na avenida Paulista
FÁBIO VIEIRA/ FOTORUA/ ESTADÃO CONTEÚDO - 11.05.2020A manifestação de caminhoneiros observada na tarde de segunda-feira (11) em rodovias de São Paulo é um movimento autônomo e descentralizado, segundo representantes da categoria ouvidos pelo Broadcast Agro. "É um grupo de motoristas que não concorda com as medidas de quarentena adotadas em São Paulo, especialmente sobre o novo sistema de rodízio", disse o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão.
Segundo ele, o movimento verificado nesta segunda não estava ligado diretamente a nenhuma entidade representativa da classe. "Defendemos a melhora das condições da categoria e não nos envolvemos em pautas políticas como o impeachment do governador do Estado, João Dória, que estava sendo solicitado no movimento" afirmou.
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Ele esclarece que os caminhoneiros foram excluídos do rodízio adotado na capital paulista, em que carros com placas pares só podem circular em dias pares e veículos com placas ímpares são autorizados a transitar em dias ímpares. "Nosso pedido era esse e foi atendido", acrescenta o representante, citando que a entidade defende o isolamento vertical.
Representante da Associação Nacional dos Caminhoneiros Boiadeiros, Alcides Viana, também relatou que a entidade não vê motivo para movimentos organizados neste momento. "O diesel está com preço baixo e há uma grande disputa por frete para carregar soja e milho. Vemos dificuldades somente no setor de gado de reposição, porque, como o gado de reposição está muito caro, tem menor demanda por esses animais e consequentemente por frete", afirmou Viana.
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O caminhoneiro Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, também considera que o movimento é pontual, de "uma parcela mínima barulhenta que não tem força para paralisação".
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