Ex-procuradora e casada com o ex-médico Roger Abdelmassih, preso por crimes sexuais, Larissa Sacco, de 37 anos, contou detalhes, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, da relação de três anos e meio com o marido. Mesmo após divulgações de escutas em que Roger admite ter feito sexo com as pacientes, ela acredita que o especialista é inocente e que “a índole dele é de cativar e não de atacar”, apesar de admitir que "santo ele pode não ser".
Abdelmassih mantinha relacionamento de três anos com Larissa
Reprodução/ Rede RecordApós fugir por três anos da Justiça brasileira, Abdelmassih foi detido em agosto no Paraguai. Em Assunção, levava uma vida luxuosa com sua atual mulher e dois filhos pequenos. O ex-médico foi condenado a 278 anos de prisão por ter abusado sexualmente de suas pacientes e agora, tenta recurso na Justiça.
Depois de vida de luxo em mansão paraguaia, Abdelmassih come 'prato feito' em cela de 14 m²
Ao todo, Abdelmassih foi condenado por crimes contra 37 mulheres. Questionada pelo jornal sobre o assunto, Larissa ataca as vítimas. “Eu não sei se essas mulheres tiveram alguma coisa com ele, consensualmente. Estupro não teve. E se elas tiveram algo e foram descartadas, pode ser a justificativa de tamanha raiva. Porque agora elas têm uma obsessão, inclusive, contra mim e meus filhos. Ficam chamando meus filhos de monstrinhos. Uma pessoa em sã consciência vai viver o Roger cedo, à tarde e à noite? Porque é o que elas fazem”.
Caso Roger Abdelmassih: veja imagens e informações inéditas da prisão do ex-médico
Sobre a fuga para o Paraguai e a decisão de refazer a vida lá, a ex-procuradora diz que foi por uma questão financeira. “[Fomos por] proximidade. Não tínhamos estrutura para ir para outro lugar. Inclusive dinheiro. E como passamos pela fronteira? Passando. Ninguém nos abordou. Passamos pela Ponte da Amizade. Fomos num Gol. Apertadinhos. Para não chamar a atenção”.
Medo e arrependimento
A sensação de estar foragida não incomodava tanto Larissa, quando comparada ao marido, que vivia “uma constante de medo e agonia” do qual ele cogitava cometer suicídio (com uma arma que ele havia comprado) a cada indicativo de que seria preso. Ela completa ainda que era mais tranquila e que Abdelmassih demonstra um certo arrependimento de não ter se entregado antes.
“Hoje, ele diz que não teria fugido. Ele diz: ‘Aqui dentro [da prisão] não tenho aquele medo, aquela angústia que eu tinha. Se tivesse enfrentado tudo, talvez já pudesse ter saído. Não teria passado aquele medo’”.
Após promessa de recompensa de R$ 10 mil, polícia recebe 15 denúncias sobre paradeiro de Abdelmassih