Portal promete ajudar na inclusão dos negros no mercado de trabalho
ReproduçãoA Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial lançou, nesta quarta-feira (16), o portal São Paulo Diverso, que visa incluir a população afrodescendente da cidade no mercado de trabalho. O projeto foi desenvolvido em parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e com a Microsoft. A proposta é conectar empregadores que querem oferecer oportunidades a afrodescendentes que buscam emprego.
Segundo o secretário de promoção da igualdade racional, Maurício Pestana, algumas empresas fazem programas de inclusão há mais de 20 anos, fato desconhecido por grande parte da população.
— O fundamental é divulgar programas de ação afirmativa porque muita gente não sabe que várias empresas têm. Os profissionais de estatística falam que o racismo criou uma dificuldade tão grande que muitos negros nem tentam chegar nas empresas, queremos mudar isso.
O Portal São Paulo Diverso conta com notícias e informações úteis para o usuário, além de dicas de programas e links para capacitação profissional. Ao cadastrar o currículo, o usuário pode buscar vagas em sistemas como LinkedIn, CAT (Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorosmo) e Catho. Empresas também podem cadastrar vagas no portal. O portal será atualizado pela própria Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial.
Uma sessão especial do site apresentará dados demográficos com comparações entre oportunidades e faixas salariais entre negros e brancos.
História da África e moradias
O prefeito Fernando Haddad parabenizou o programa e relembrou alguns projetos que buscam reafirmar o importante papel do afrodescendente na sociedade, como a inclusão da disciplina de "História da África" no currículo escolar.
Segundo ele, grande parte da população paulistana não conhece suas origens africanas. Na cerimônia de lançamento do portal, moradores do conjunto habitacional Parapuã, na zona norte, fizeram um protesto pedindo mais moradias. Haddad respondeu que o problema de moradias também é ocasionado pela falta de espaço para o negro no mercado e afirmou que São Paulo tem espaço para mais moradias, mas precisa do apoio da terceira parte do programa "Minha Casa, Minha Vida".
* Colaborou Raphael Andrade, estagiário do R7
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