O número de mortos em casos registrados como “morte decorrente de oposição à intervenção policial” recuou e atingiu o menor número para maio em quatro anos na capital paulista, de acordo com dados divulgados na última segunda-feira (26) pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo).
No mês passado, 22 pessoas morreram em casos registrados como resistência (termo usado para esse tipo de morte até o ano de 2012), segundo a SSP. Em maio de 2013, primeiro ano da série histórica, foram registradas seis mortes desse tipo de ocorrência.
Os negros (pretos e pardos) mortos representam 64% das ocorrências, totalizando 14 pessoas mortas. Significa dizer que, de cada três óbitos, dois mortos eram negros. Sete mortos tinham a pele branca (31%) e um morto foi registrado como “outros”.
Campo Limpo e Jardim Ângela, na zona sul; Iguatemi, na zona leste; e Jaraguá, na zona oeste, registraram duas ocorrências, com uma morte em cada. Já o bairro de Aricanduva, na zona leste, também teve duas mortes, mas em uma única ocorrência.
Resistência à abordagem da polícia mata 1 a cada 19 horas em São Paulo
O mês de maio também foi o que teve menos pessoas mortas por resistência em 2017. Nos cinco primeiros meses deste ano, 171 pessoas morreram por supostamente resistirem à intervenção da polícia.
Desde o início da série histórica, em 2013, o ano com mais mortes entre janeiro e maio foi 2015, com 185 mortes. No primeiro ano da série, 28 pessoas morreram em supostas resistência nesse período. Em 2014, teve 148 mortes. Por fim, 147 morreram nos cinco primeiros meses do ano passado.
*Kaique Dalapola, estagiário do R7