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São Paulo prevê vacinação de 250 mil crianças de 5 a 11 anos por dia

Plano de vacinação quer imunizar 4,3 milhões de crianças dessa faixa etária. Desse total, 850 mil com comorbidades e deficiências

São Paulo|Fabíola Perez, do R7

Audiência pública discute vacinação de crianças contra a Covid-19
Audiência pública discute vacinação de crianças contra a Covid-19 Audiência pública discute vacinação de crianças contra a Covid-19

O governo de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na primeira coletiva de imprensa do ano, nesta quarta-feira (5), que o plano de vacinação para crianças de 5 a 11 anos no estado está pronto. O plano ocorrerá em três semanas e tem capacidade de vacinar 250 mil crianças por dia. A previsão do governo é imunizar 4,3 milhões de crianças dessa faixa etária. Desse total, 850 mil possuem comorbidades, deficiência, são quilombolas e indígenas.

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"Toda a logística e infraestrutura está preparada para começar imediatamente desde o que o Ministério da Saúde envie as vacinas ou autorize o governo a comprar as vacinas da Pfizer", disse Doria. "Aguardamos a decisão da Anvisa para a utilização da CoronaVac para a imunização das crianças no estado de São Paulo e de outros estados."

Vacinação em escolas estaduais

Serão 5,2 mil postos disponíveis para a vacinação em todos os municípios do estado. Além disso, a Secretaria de Educação, em parceria com os municípios, também fará a vacinação de crianças nas escolas estaduais. "Temos a vacinação infantil aprovada, mas não termos a vacinação é entristecedor", disse.

O secretário de educação, Rossieli Soares, citou ainda o exemplo da cidade de Campinas, que realizou uma campanha de vacinação dentro das escolas. "Cabe ao município planejar sua estratégia de vacinação, mas à nós apoiar todo esse processo de vacinação", disse o secretário.

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Segundo o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, a importância da vacinação é clara para esta faixa etária. "É uma obrigação do estado fornecer essa proteção e a participação das escolas é fundamental. A escola vai poder identificar os adolescentes com mais de 12 anos que não tomaram a 2ª dose."

O secretário executivo de saúde, Eduardo Ribeiro, afirmou que a estratégia de vacinação para as crianças tem uma estrutura pronta desde 16 de dezembro, quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a vacinação para essa parcela da população. Segundo ele, o estado possui 4,5 milhões seringas e agulhas para os municípios, está em processo de compra de mais 4,5 milhões de seringas para dar conta de todo o processo de vacinação e 4,5 milhões de carteirinhas de vacinação.

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Aumento de casos

O secretário de saúde de São Paulo comentou também o aumento no número de infecções por H3N2 e covid-19 no estado. "Tivemos um aumento de atendimento de síndromes respiratórias especialmente nos prontos socorros. Isso se deve a multiplicidade de vírus respiratórios. Esse quadros denotam que as pessoas retiraram as máscaras de forma muito abrupta especialmente nos ambientes de confraternização, favorecendo a transmissão."

Ele disse também que a pasta está atenta aos casos de infecção pela variante Ômicron e toma medidas para evitar problemas no sistema de saúde. "Desaceleramos todas as desmobilizações de leitos covid, aumentamos o incremento ao acesso do tamiflu para o tratamento de formas moderadas e graves de gripe, ampliando a testagem para definirmos as características e tempo de isolamento." Segundo Gorinthteyn, até dezembro foram disponibilizados 1.250 millhões testes de Covid-19. Nesta terça-feira, o secretário disse que foram disponibilizados mais 800 mil testagens.

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O coordenador do Comitê Científico de Covid, João Gabbardo, disse que em números absolutos o crescimento de 30% nas internações não oferece riscos. "Mesmo que tenhamos uma movimentação maior nas internações, estamos partindo de um patamar que estava muito baixo", afirmou. "Em números absolutos não coloca em risco a capacidade de atendimento que a rede de hospitais de São Paulo pode oferecer à população."

Gabbardo alertou também para os riscos de aglomeração em postos de saúde. "Muita gente vai nos postos porque lá é a única maneira de fazer o teste e para isso temos que ter uma solução porque aumentamos a chance de transmissão."

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