Julgamento continua nesta terça (19), em Osasco
Peu Araújo/R7O segundo dia do julgamento da chacina de Osasco começou com o depoimento de uma testemunha-chave sigilosa e sem a presença da imprensa, familiares das vítimas e convidados.
A pessoa que abrirá os trabalhos desta terça-feira (19) é a testemunha protegida Elias (nome fictício), que afirma ser sobrevivente da chacina e reconheceu o policial militar Fabricio Emmanuel Eleutério como sendo o responsável pelos disparos que atingiram o seu braço.
A testemunha chegou encapuzada ao fórum e começou a falar pouco depois das 10h. Elias é uma das principais testemunhas para a acusação.
Segundo ele, o crime aconteceu na rua Suzano, esquina com a avenida Alberto Jackson Byington às 21h33. A testemunha é a principal estratégia para incriminar o PM Eleutério.
No endereço em que a testemunha teria sido alvejada, a jovem Leticia Vieira Hildebrand da Silva, de 15 anos, foi assassinada e outra mulher ficou ferida.
A segunda testemunha é Fernanda Nunes de Oliveira, irmã de uma das vítimas. Seu irmão, Rafael Nunes de Oliveira foi morto na rua Professor Moacir Sales D´Avila, onde outras três pessoas ficaram feridas.
Nesta segunda-feira (18), eram 28 testemunhas. Hoje, o número foi reduzido para 25.
Na saída para o almoço, Nilton Nunes, advogado de Eleutério, afirmou que a testemunha protegida Elias entrou em contradições.
— Ele é a única pessoa que aponta o Fabricio como sendo um dos autores dos crimes. Ele caiu em algumas contradições sérias.
O advogado informa que no primeiro depoimento à testemunha demorou quase 10 minutos para reconhecer Eleutério e que precisava de óculos, hoje Elias afirmou que não precisa de auxílio para enxergar melhor.
Do lado de fora do Fórum de Osasco, familiares do GCM (Guarda Civil Metropolitano) Sérgio Manhanhã (um dos acusados) fizeram uma oração.
Faixas em apoio às vítimas também estão sendo mostradas no local. Não há conflito entre os dois grupos.