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Seis advogados são condenados pelo TJ-SP por ligação com o PCC

Um dos réus foi absolvido por falta de provas que confirmassem a ligação

São Paulo|Giorgia Cavicchioli, do R7

Ação da polícia na Operação Ethos, deflagrada em 2016
Ação da polícia na Operação Ethos, deflagrada em 2016 Ação da polícia na Operação Ethos, deflagrada em 2016

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) condenou mais seis advogados membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) nesta quinta-feira (23). A decisão foi assinada pelo juiz Gabriel Medeiros.

De acordo com o documento, Fábio Moreno de Paula, Tábita Pereira Rocha, José Luiz Correa Menezes, Ana Cristina Romam Passarelli e Elton Rodrigo Martins Betim foram condenados a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado. Já Carlusia Sousa Brito foi condenada a 10 anos e seis meses de reclusão em regime fechado. O réu Rogério de Azevedo foi absolvido das acusações.

Segundo a decisão, eles foram condenados por integrar a organização criminosa e por se fazerem valer da profissão para ajudar membros do PCC. Eles seriam responsáveis por comprarem agentes do Estado e por levantar dados de agentes públicos para que a organização criminosa pudesse cometer atentados contra eles.

Os réus fazem parte, segundo o TJ, da “Sintonia dos Gravatas” ou “cédula R” e são pagos mensalmente pelo PCC com dinheiro proveniente do tráfico de drogas, "cebola" (mensalidade dos integrantes) e sorteios, entre outros crimes realizados pela facção.

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O advogado Rogério Azevedo foi absolvido por falta de provas que pudessem confirmar o fato de ele fazer parte da organização criminosa.

O R7 tentou contato com o advogado dos condenados por meio do telefone do escritório que consta no OAB-SP, mas não obteve resposta.

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A Operação Ethos foi realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para investigar advogados suspeitos de integrar o PCC em novembro de 2016.

Em junho, a Justiça paulista condenou o ex-vice-presidente do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoas Humana) Luiz Carlos dos Santos por integrar a organização criminosa e corrupção passiva. Ele foi condenado a 16 anos e cinco meses de prisão, além do pagamento de 44 dias-multas (valor unitário a ser pago pelo réu a cada dia de multa determinado pelo magistrado), cada uma fixada em um salário-mínimo.

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