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Sem festa nem álcool, recepção de calouros de medicina na USP tem até food truck

Essa é a 1ª turma que ingressa no curso após os escândalos de abuso sexual relatados em 2014

São Paulo|

Veteranas do curso de medicina posam em frente à FMUSP
Veteranas do curso de medicina posam em frente à FMUSP Veteranas do curso de medicina posam em frente à FMUSP

A recepção dos calouros na Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) nesta semana foi diferente dos outros anos. Sem festa nem álcool, proibidos pela diretoria, a chegada dos novos alunos teve shows, food trucks e cartilhas antimachismo. É a primeira turma que ingressa no curso após os escândalos de abuso sexual entre estudantes que vieram à tona no ano passado.

Em seu show, a bateria da Atlética tirou do repertório músicas consideradas ofensivas e alvo de queixas em 2014. Os calouros elogiaram a postura dos veteranos. "Antes das aulas, eu tinha um pouco de receio. Mas o contato com os alunos mais velhos me tranquilizou", relatou Isabel Ramos, de 19 anos.

O coletivo feminista distribuiu cartilhas sobre respeito às mulheres, além de colar cartazes com mensagens como "mexeu com uma caloura, mexeu comigo". Nesta semana, também haverá debates, com temas como gênero. "A ideia é criar um bom ambiente de convivência", explicou o presidente da Atlética, Diego Pestana.

O diretor da escola, José Otávio Costa Auler Júnior, deu palestra sobre ética aos recém-chegados. "Qualquer coisa em que o aluno sinta que houve constrangimento, mesmo fora da faculdade, vamos averiguar, se ele relatar", destacou o diretor à Rádio Estadão.

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PUC

Os alunos do curso de medicina da PUC Campinas (Pontifícia Universidade Católica de Campinas) são obrigados a passar por situações vexatórias em trotes, como coação, extorsão e humilhação, segundo denúncias feitas ontem em audiência pública na Câmara Municipal.

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A sessão durou 7 horas e ouviu dez pessoas - incluindo duas professoras, que relataram sob anonimato abusos até dentro das salas e humilhações como veteranos urinando em calouros. Houve denúncias de tráfico e prostituição.

Procurada, a PUC Campinas informou que "sobre os fatos expostos, a instituição já havia sido informada em 2014, quando desencadeou processos disciplinares internos". Informou também que "a prática de trote é proibida" e oferece um telefone para denúncias. Nova sessão da Câmara avaliará a situação.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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