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Sexto dia de júri se arrasta com leitura de depoimentos; interrogatório de Elize fica para domingo

Julgamento de Elize Matsunaga começou na segunda-feira (28) e deve terminar amanhã (4)

São Paulo|Ana Ignacio, do R7

O 7º dia de julgamento deve começar com o interrogatório de Elize Matsunaga
O 7º dia de julgamento deve começar com o interrogatório de Elize Matsunaga O 7º dia de julgamento deve começar com o interrogatório de Elize Matsunaga

Esperado para ocorrer neste sábado (3), o interrogatório de Elize Matsunaga, acusada de matar e esquartejar o marido em 2012, ficou somente para domingo (4), sétimo dia de julgamento. O sábado inteiro foi reservado para leitura de peças (depoimentos de testemunhas que não participaram do júri e prestaram esclarecimentos à polícia ao longo do processo) e exibição de matérias jornalísticas da época. Mesmo após cinco dias de longos testemunhos — alguns chegaram a durar quase dez horas — Ministério Público e defesa não conseguiram agilizar o andamento dos trabalhos para que o júri fosse concluído neste sábado, como chegou a ser comentado pelas partes.

Neste sábado, foram lidos depoimentos de Nathalia Vila Real Lima, garota de programa com quem Marcos se relacionava, do reverendo que acompanhava e aconselhava o casal, uma empregada dos dois, além de um funcionário da Yoki que virou confidente e amigo do empresário. Foram, ainda, lidas e exibidas diversas matérias veiculadas na época do crime.

A defesa usou também um áudio de uma ligação de Elize para a polícia feita cerca de 25 dias antes do crime em que ela fala que se sente ameaçada pelo marido e pergunta se pode trocar a fechadura da porta de casa. Além disso, exibiu as imagens feitas pelo detetive que comprovam o caso amoroso de Marcos e um vídeo de quase uma hora de uma reprodução simulada do dia do crime em que a acusada conta sua versão dos fatos.

Elize acompanhou as leituras dos depoimentos e exibição de matérias, sempre olhando para baixo. Em alguns momentos cochichava com os advogados e chegou a fazer algumas anotações para eles.

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Durante todos os dias de julgamento, Elize esteve no plenário com o cabelo preso para o lado, repousado sobre o ombro direito. Chorou em diversos momentos do júri e não muda de expressão. Somente se mostra um pouco impaciente e desconfortável com a constante exibição de imagens do corpo de Marcos, quando as vezes leva as mãos na boca.

Elize pede para sair do plenário após exibição de fotos do corpo do marido

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No domingo, o dia deve iniciar com o esperado interrogatório de Elize, acusada de homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), às 9h30. Elize é ré confessa e de acordo com a defesa, ela não responderá às perguntas da acusação e estará a disposição apenas do juiz, advogados de defesa e jurados.

Os advogados de defesa de Elize disseram que a ré acredita que o interrogatório pode ser essencial para que os jurados entendam o que realmente aconteceu. Segundo Roselle Soglio, a fala de Elize será emocionante.

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— Ela está muito ansiosa.

O júri começou na segunda-feira (28) e quatro mulheres e três homens irão definir o destino da acusada. Após o interrogatório, MP e defesa farão os debates e depois o conselho de sentença se reúne para julgar se Elize é culpada ou inocente dos crimes pelos quais é acusada. O sexto dia do julgamento terminou por volta das 20h30 deste sábado.

Versões para o crime

Defesa e acusação estão com duas linhas de argumentação claras e tentam, por meio das perguntas feitas às testemunhas, convencer o júri sobre o que aconteceu naquele 19 de maio, data do crime, e nos dias seguintes quando houve o esquartejamento e a ocultação do corpo.

Para a acusação, Elize matou o marido para se vingar após descobrir uma traição e por interesse financeiro. Ela teria premeditado o crime e o surpreendeu com um tiro na cabeça quando ele entrou no apartamento do casal após descer para pegar uma pizza. Além disso, ela teria esquartejado Marcos ainda vivo.

Já a defesa afirma que Elize era vítima de agressões verbais e vivia um casamento abusivo. Após Marcos ameaçar tirar a filha do casal de Elize, então com um ano de idade, ela teria cometido o crime. Antes do disparo, segundo a versão da defesa, os dois discutiram e Marcos ainda teria dado um tapa no rosto de Elize, que atirou para se defender.

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