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Shoppings da zona sul fecham para impedir "rolezão" de sem-teto

Movimentos sociais marcaram encontros simultâneos no Jardim Sul e no Campo Limpo

São Paulo|Bárbara Garcia, do R7

Grupo se concentrou para rolezão no metrô Campo Limpo
Grupo se concentrou para rolezão no metrô Campo Limpo Grupo se concentrou para rolezão no metrô Campo Limpo

O "rolezão" organizados pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) junto com o Movimento Periferia Ativa e a Resistência Urbana, que estava previsto para acontecer na tarde desta quinta-feira (16) nos shoppings Jardim Sul e Campo Limpo, ambos na zona sul de São Paulo, foi frustrado após o fechamento dos estabelecimentos. De acordo com a assessoria de imprensa dos centros comerciais, os shoppings fecharam as portas por volta das 17h30.

Em nota, o shopping Campo Limpo informou que fechou às 17h e explicou que "o empreendimento obteve uma liminar, que foi concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a fim de manter a segurança de clientes, lojistas e funcionários". O estabelecimento foi um dos shoppings que já havia conseguido liminar para barrar os rolezinhos de adolescentes. A estimativa da Polícia Militar é de que 200 pessoas se concentraram no metrô Campo Limpo e seguiram para o shopping. 

Já o Jardim Sul, também em nota, declarou que "foi necessário interromper as atividades do centro de compras antecipadamente. A medida adotada pelo empreendimento fez parte do plano de ações para garantir a integridade e segurança de seus clientes, lojistas e colaboradores". O shopping não deixou claro, no entanto, se o fechamento está amparado por uma decisão judicial.

Shopping Campo Limpo fechou as portas após liminar da Justiça; grupo se encontrou na estação do metrô
Shopping Campo Limpo fechou as portas após liminar da Justiça; grupo se encontrou na estação do metrô Shopping Campo Limpo fechou as portas após liminar da Justiça; grupo se encontrou na estação do metrô

Por volta das 18h30, os manifestantes circulavam nos arredores do shopping. Alguns vestiam camisetas do MTST e carregavam bandeiras. Outros usavam apitos para chamar a atenção.

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O grupo entoava palavras de ordem, como: "Pisa ligeiro, pisa ligeiro. Quem não pode com a formiga, não pode com o formigueiro", "E daí, o povo dos sem-teto vai entrar no shopping, sim" e "E daí, eu quero mais respeito. A luta dos sem-teto agora é contra o preconceito".

Concentrados na frente da entrada principal do centro comercial, que está fechada e com seguranças na frente da porta, Jussara Basso, uma das coordenadoras do MTST, leu um texto, o "Manifesto contra o racismo, o preconceito e a discriminação e em defesa da população pobre e negra da periferia".

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Segundo o texto, o grupo manifesta "contra a discriminação e a violência despendida por este e por outros shoppings de São Paulo aos jovens pobres e negros da periferia de São Paulo". O grupo afirma que o Brasil vive um "verdadeiro apartheid social onde uns poucos tem acesso a todos os bens de consumo, enquanto a grande maioria mal consegue satisfazer suas necessidades básicas". 

Quem assina o manifesto é o MSTS, movimento Periferia Ativa-Comunidades em Luta e Resistência Urbana-Frente Nacional de Lutas.

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