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Sindicato denuncia risco em obra da Estação Higienópolis

Falha não foi especificada, mas órgão lembra tragédia na estação Pinheiros que matou sete

São Paulo|

Canteiro da estação Pinheiros desabou, em 2007, engolindo caminhões, equipamentos e um micro-ônibus. Sete pessoas morreram
Canteiro da estação Pinheiros desabou, em 2007, engolindo caminhões, equipamentos e um micro-ônibus. Sete pessoas morreram Canteiro da estação Pinheiros desabou, em 2007, engolindo caminhões, equipamentos e um micro-ônibus. Sete pessoas morreram

O Sindicato dos Metroviários informou que técnicos do Metrô (Companhia do Metropolitano de São Paulo encontraram, no ano passado, problemas na construção da laje no fundo do poço 2 da futura estação Higienópolis-Mackenzie, que servirá de entrada para os passageiros. A obra fica na esquina das ruas da Consolação e Piauí, na região central da cidade, bem ao lado da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

A parada atenderá a linha 4—Amarela (Luz-Butantã) e deverá ser inaugurada em 2014, conforme o calendário da Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos. As obras ali começaram em 2004. De acordo com o sindicato, que nos últimos dias divulgou uma carta aberta à população sobre o assunto, com a identificação desse problema, as obras tiveram de ser paralisadas e, com isso, houve atrasos no cronograma. Ainda segundo o texto entregue aos passageiros do sistema, haveria "risco de repetição da tragédia da Estação Pinheiros", caso os técnicos da empresa não tivessem achado a falha, que em nenhum momento foi especificada pelo órgão.

Até mesmo o título do panfleto — "Metroviários evitam tragédia na Linha 4" — também alude à tragédia de 7 de janeiro de 2007 nas obras da estação Pinheiros, na rua Capri, na zona oeste da capital. O canteiro desabou, engolindo caminhões, equipamentos e um micro-ônibus, o que resultou na morte de sete pessoas.

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O diretor de Comunicação do sindicato, Ciro Moraes, disse que a conclusão da laje estava nas metas do Metrô para que fossem calculados os lucros do programa de participação nos resultados da empresa.

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— Contraditoriamente, nossos técnicos, que também se beneficiariam se as metas fossem batidas, constataram que a obra estava meia-boca e não estavam dando a devida infraestrutura segura na conclusão daquele local. Os técnicos viram que o trabalho tinha de ser refeito. A pavimentação da laje não estava nos padrões de segurança exigidos.

Sem risco

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Procurado, o Metrô de São Paulo, responsável pela obra, admitiu que a obra teve de ser suspensa "por 25 dias", mas afirmou que "não houve risco à obra do poço 2 da futura Estação Higienópolis-Mackenzie".

A versão da empresa, que é controlada pelo governo do Estado, indica que "na fase final de escavação, em decorrência de um fluxo de água além do previsto, foi necessária a reavaliação de procedimento para a continuidade da obra" na linha 4—Amarela. Segundo nota enviada pelo Metrô, esse tipo de ação é "rotineira" em trabalhos subterrâneos.

O texto oficial informa que, "para controle do fluxo de água, a escavação foi suspensa por 25 dias, prazo que não interfere no cronograma da obra". Além disso, alega o Metrô, o início da operação dessa estação está previsto para o segundo semestre do ano que vem.

60% da obra pronta

O Metrô de São Paulo também informou que, desde janeiro deste ano, "a obra da futura estação Higienópolis-Mackenzie está em pleno desenvolvimento e já foi executado 60% do total da obra civil".

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