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"Só vamos sair da rua quando o aumento for revogado", diz MPL

Militantes líderes afirmam que aceitam reuniões, mas protestos prosseguirão

São Paulo|Thiago de Araújo, do R7

Mais de 100 mil pessoas participaram da manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público
Mais de 100 mil pessoas participaram da manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público Mais de 100 mil pessoas participaram da manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público (EDUARDO ENOMOTO/R7)

A adesão cada vez maior de pessoas e a atenção gerada pelas cinco manifestações contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo não alteraram a solicitação única do MPL (Movimento Passe Livre): o da tarifa baixar. Durante o quinto protesto, realizado nesta segunda-feira (17), os líderes do movimento voltaram a reafirmar essa posição.

Cientes do encontro desta terça-feira (18) com o prefeito Fernando Haddad e o Conselho da Cidade, na sede da prefeitura, no Anhangabaú, região central da capital, os militantes não acreditam que o encontro poderá tirar os protestos das ruas, já que, em um primeiro momento, a negociação pela redução da tarifa não será discutida.

No conselho, serão explicados detalhes de como é composta a tarifa do ônibus, a evolução da despesa orçamentária com o subsídio e os planos para a melhoria na qualidade do sistema. Entretanto, segundo Mayara Vivian, estudante de geografia da USP (Universidade de São Paulo) e uma das líderes do MPL, isso não é o bastante.

— Só vamos sair da rua quando o aumento for revogado. O Haddad nos chamou como consulta. Acho muita desatenção de um político querer consultar gente que está berrando na rua, é só ele ligar a televisão, não precisa chamar para uma reunião. O objetivo do movimento não é olhar a cara de governador e prefeito, é barrar o aumento. Se for pra chamar a gente tem que ser em espaço de negociação. Vamos pra preencher esse espaço, é importante o movimento social estar presente, mas de longe, como não sinalizou negociação, isso aqui (a manifestação) não para.

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Outro líder do MPL, Matheus Preis, vai pela mesma linha. É ele quem vem representando o grupo de manifestantes junto à Polícia Militar antes e durante as manifestações, definindo os trajetos a cada protesto.

— A intenção é manter o movimento para os próximos dias, não vamos sair da rua enquanto não baixar a tarifa.

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Quanto ao quinto protesto, o desta segunda-feira, os dois elogiaram a postura dos manifestantes, os quais evitaram a violência e o vandalismo durante praticamente todo o trajeto – exceção feita ao momento em que o grupo chegou ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, no Morumbi, zona sul da capital. Isso não reduz a validade da marcha, segundo Mayara.

— O que importa é que o povo tomou um lado, o da luta, e não o da covardia de baixar a cabeça para a repressão. O povo tomou o lado da luta, é o que todo mundo está vendo aqui. Desde o primeiro minuto a gente falou que quem é violento é a polícia. Esse é o (protesto) mais pacífico que eu já vi na vida. É isso que o Estado e a população precisam entender, o objetivo não é quebrar nada, mas sim revogar o aumento. Não vi pichação, é pra falar que o povo acordou, não quer quebrar nada, quer é os seus direitos. (O povo) não quer Copa (do Mundo), quer comida na mesa, transporte gratuito e vida digna.

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