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SP: ambientalistas se põem contra privatização de parque estadual

Mais de 200 entidades e cientistas divulgaram hoje uma moção em defesa do Petar, localizado entre entre Iporanga e Apiaí

São Paulo|

Privatização foi anunciada pelo governo de SP em 2021, e pode ocorrer ainda neste ano
Privatização foi anunciada pelo governo de SP em 2021, e pode ocorrer ainda neste ano Privatização foi anunciada pelo governo de SP em 2021, e pode ocorrer ainda neste ano

Na mira de concessões do estado, o Petar (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira), localizado no sul de São Paulo, entre os municípios de Apiaí e Iporanga, tem mobilizado ambientalistas, que são contra a sua privatização.

Mais de 200 entidades e cientistas divulgaram nesta segunda-feira (7) uma moção em defesa do parque, com o objetivo de evitar que a sua administração passe para a iniciativa privada, por 30 anos, como foi anunciado pelo governo estadual em 2021 — e que pode ocorrer ainda este ano.

"São 160 hectares de um patrimônio ambiental público, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial, único no território brasileiro. Não faz sentido essa concessão sem antes haver um amplo debate com a sociedade civil para avaliar os impactos", afirma Carlos Bocuhy, presidente do Proam (Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental).

A moção das entidades também lembra que a interação com a comunidade na gestão do Petar — que depende do turismo para a sua sobrevivência — "foi construída com base em fundamentação científica e legítima participação popular, garantindo a proteção ambiental, as funções vitais da unidade de conservação".

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A observação vem devido à nova lógica imposta na atual tentativa de concessão, que suprime a participação da comunidade na gestão do parque e no ecoturismo.

Segundo Paulo César Boggiani, geólogo e professor do Instituto de Geociências da USP, "a construção pelos moradores locais de um turismo de sucesso levou o Petar a ser conhecido, e, após todo esse trabalho de estruturação, querem agora tirar essa conquista e passar para uma empresa privada ter lucro, por meio de uma concessão que ameaça os empregos locais".

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Para a advogada Janine Rocha Trazzi, responsável pela contestação judicial em nome da comunidade e dos ambientalistas, "não é apenas uma transferência de gestão administrativa", como em outros processos de concessão.

"Conceder à iniciativa privada a exploração territorial de uma unidade de conservação integral, que abriga a maior porção de mata atlântica do Brasil, requer no mínimo estudos técnicos de forma a assegurar a preservação do meio ambiente e seus recursos naturais", disse.

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