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SP: homem é suspeito de estuprar, asfixiar e matar filha de 8 anos

Após ser denunciado por violência doméstica, homem com antecedentes por homicídio e estupro teria incendiado a a própria casa e matado filha vingança

São Paulo|Fabíola Perez, do R7, e Mariana Rosetti, da Agência Record

Recado encontrado pela Polícia Militar de Ibiúna em casa incendiada
Recado encontrado pela Polícia Militar de Ibiúna em casa incendiada Recado encontrado pela Polícia Militar de Ibiúna em casa incendiada

Um homem foi preso pela Polícia Militar às 5h da manhã desta sexta-feira (8) no bairro Cupim, periferia de Ibiúna, interior de São Paulo. De acordo com o delegado titular, José de Arruda Madureira, ele foi preso em flagrante por asfixiar, estuprar e matar a filha de 8 anos. Após ter cometido os crimes, ele também teria incendiado a própria casa.

A Polícia Militar encontrou o suspeito em um matagal próximo da casa, onde teria se escondido. A ocorrência foi atendida no Corpo de Bombeiros de São Roque que foi avisada por volta das 2h da manhã dessa sexta-feira (8). "O chamado foi feito por vizinhos. A PM encontrou o corpo da menina quando chegou ao local e, na sequência, procurou por cerca de duas horas. Primeiro eles encontraram uma camisa semelhante a que ele estaria usando durante o dia, depois o encontraram", disse o delegado. 

O motivo do crime, segundo o delegado e pessoas próximas ao casal, teria sido um pedido de divórcio feito pela companheira, de 28 anos. No sábado (2), Madureira afirma que ele foi à delegacia com a filha para contar que a mulher queria se divorciar. Na segunda-feira (3), a mãe da sua companheira também foi à delegacia e teria contado ao chefe de investigação que ele costumava ameaçar a mulher. 

Ainda na terça-feira (5), uma advogada da cidade, ouvida pela reportagem do R7, afirmou que o homem teria procurado o escritório para saber como proceder durante o processo de separação. "Ele chegou dizendo que a mãe teria abandonado a filha", diz a advogada que não quis se identificar.

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Apoiada pela mãe, a mulher do suspeito compareceu à delegacia na quarta-feira (6) para fazer um boletim de ocorrência por violência doméstica, o que teria motivado o sentimento de vingança do suspeito. "Ele disse que queria matar a esposa e depois se suicidar", disse a advogada. Já na quinta-feira, ele teria recebido as medidas protetivas que o manteriam afastado da mulher. O fato, segundo o delegado, teria sido o estopim para a execução dos crimes.

Asfixia e estupro

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Para se manter afastada do companheiro, a mulher teria decidido passar a noite na casa da mãe, no mesmo terreno que viviam juntos. Segundo familiares, o casal vivia juntos há 13 anos e durante esse período ele teria a impedido de sair de casa diversas vezes e teria a ameaçado em diversos momentos. Ao delegado, ela também confirmou que vinha sofrendo ameaças. 

O suspeito deixou um recado para a companheira em um pedaço de pano encontrado pela Polícia Militar. Com marcas de fogo, o pedaço de pano traz, entre palavras de baixo calão, a mensagem: "a culpa é sua. Eu te amava mais do meu jeito."

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A ocorrência chamou a atenção do delegado que chegou a desconfiar da paternidade do homem. "Foi algo tão brutal que cheguei a pensar que ele não fosse o pai biológico." Segundo o delegado, a mulher passou a madrugada em estado de choque e foi ouvida rapidamente pela Polícia Civil. "A única coisa que ela disse foi: achava que eu ia morrer, não minha filha."

De acordo com o delegado, o suspeito tem antecedentes criminais. "Em 1993, ele cometeu um estupro em Taubaté, pelo qual foi condenado a 4 anos de reclusão em regime fechado. Depois, em 1994, ele respondeu por outro estupro e uma tentativa de homicídio. No mesmo ano, foi condenado a 17 anos. Em 2013, ele respondeu por um homicídio e estava em liberdade aguardando um julgamento", informou Madureira. 

Nesse momento, o suspeito foi encaminhado para audiência de custódia. Dependendo da decisão do juiz, a prisão em flagrante pode ser convertida em prisão preventiva. "Ele pode pegar de 12 a 30 anos pelo homicídio, entre 8 e 15 anos pelo estupro de vulnerável e entre 3 e 6 anos pelo incêndio da casa", disse o delegado. Até o fechamento desta reportagem ele não tinha um defensor constituído.

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