PM à paisana que fugia de criminosos se refugiou na delegacia; agente achou que correria fosse um ataque e atirou
Mario Ângelo/Sigmapress/Estadão ConteúdoA SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) de São Paulo informou na tarde deste domingo (27) que o tiroteio em uma delegacia, que deixou um médico morto e outras duas pessoas feridas, foi resultado de uma confusão, interpretada por policiais como um ataque. O caso aconteceu na noite de ontem e é investigado pela Corregedoria da Polícia Civil. Um agente de telecomunicações que trabalhava no DP foi preso em flagrante.
Segundo a pasta, um policial militar à paisana fugia de criminosos e entrou no 2º Distrito Policial de Santo André. Com a correria, pessoas que estavam no prédio para registrar ocorrências correram para outras áreas internas.
Assustado com o tumulto, o agente de telecomunicações abriu fogo contra essas pessoas, sendo que duas delas foram atingidas. Ele alegou ter pensando que eram marginais atacando a delegacia.
Um investigador também atirou durante a confusão e atingiu o agente. A SSP ainda acrescentou que nenhum dos bandidos disparou contra a delegacia e nem tentaram invadir o local. Eles fugiram ao ver o PM entrar no prédio.
O médico Ricardo Seiti Assanome estava lá para registrar uma ocorrência de acidente de trânsito e foi atingido por um tiro na cabeça. Ele chegou a passar por cirurgia, mas, segundo a família, morreu no começo da tarde deste domingo. A outra vítima foi ferida na perna. Não há informações sobre o estado de saúde do agente baleado.