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Trabalhadores encerram ocupação em fábrica de Mauá após acordo de indenização

Acampamento na metalúrgica durou 17 dias; empresa devia multas rescisórias e FGTS

São Paulo|Juca Guimarães, do R7

Terminou ontem, sexta-feira (14), o acampamento de trabalhadores dentro da metalúrgica Keiper, em Mauá, na região metropolitana de São Paulo, que protestavam contra o não pagamento das verbas rescisórias para funcionários demitidos, incluindo a multa sobre o saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

O protesto durou 17 dias e os trabalhadores se revesaram em três turnos consecutivos para manter o acampamento com a ajuda do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.

O pagamento foi garantido em audiência ontem, depois que a 1ª Vara do Trabalho de São Roque desbloqueou uma verba de pouco mais de R$ 7,2 milhões da Volkswagen, envolvida na ação. O dinheiro será utilizado para quitar integralmente as verbas rescisórias dos cerca de 200 demitidos da Fameq de São Paulo, e rateada, de forma proporcional, para pagar a multa do FGTS de todos os demitidos da Fameq e das fábricas da Keiper de Mauá, Araçariguama, Ribeirão Pires e São Bernardo.

Segundo Arakém, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, a entidade vai fazer a homologação das rescisões dos contratos dos trabalhadores da Fameq, que vão receber as guias de saque do FGTS e do seguro-desemprego.

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Para Rodrigo Carlos, diretor da Juventude do sindicato, a união e a solidariedade dos trabalhadores foi fundamental para o sucesso do precesso. "Todos participaram ativamente da luta. Não foi um acampamento fácil. Infelismente, por conta da crise, situações parecidas estão se repetindo em outras empresas. Elas estão fechando e mundando de nome, sem pagar os direitos trabalhistas", disse.

Arakém informou ainda que a Jonhson Controls, de São Bernardo, que não tem dívidas com os trabalhadores, mas tem ferramental e moldes na Keiper de Mauá, decidiu doar cestas básicas por três meses para os mais de mil trabalhadores de todas as fábricas da Keiper, incluindo a Fameq, que foi comprada pelo Grupo bósnio Prevent, controlador da Keiper.

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