Quatro universitários envolvidos em um suposto estupro coletivo devem ser ouvidos a partir das 14h desta sexta-feira (4). A informação é do delegado José Gonzaga Marques, titular do 4º Distrito Policial (Consolação). O caso ganhou repercussão após fotos íntimas circularem em redes sociais, como Facebook e WhatsApp.
Duas fotos mostram uma jovem nua, cercada de ao menos cinco homens. Parte deles faria parte do time de rúgbi da universidade. Ainda não há informações sobre quando exatamente aconteceu o fato, apenas que teria ocorrido em uma festa de estudantes do Mackenzie, em um momento em que a garota estaria alcoolizada. O delegado contou que o advogado dos rapazes ligou de madrugada para a delegacia e explicou o lado de seus clientes.
— São estudantes do Mackenzie. [...] A informação que nós temos é do advogado que vai apresentá-los. E ele disse que isso tem mais de dois meses e que, na verdade, foi tudo consensual.
A polícia ainda não conseguiu identificar a suposta vítima. Rumores apontam que ela estaria fora do País. Marques informou também que, se a garota participou voluntariamente do ato, os jovens não serão indiciados.
— A lei penal protege a liberdade sexual, então, se foi consensual, não é crime.
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Outro lado
Em nota, a Universidade Presbiteriana Mackenzie afirmou não possuir time oficial de rúgbi — parte dos boatos atribuiu o suposto abuso à equipe da universidade. "A Universidade Presbiteriana Mackenzie não tem, nem patrocina time de rúgbi. Alguns alunos de nossos cursos, por sua e livre iniciativa e custeio, têm equipes independentes dessa modalidade."
A instituição afirma ainda que "diante da gravidade do que foi veiculado na Internet, esperamos das autoridades, em todos os níveis, as medidas cabíveis. Estaremos prontos a colaborar na apuração do fato."
"Somos uma instituição centenária de ensino, tendo formado milhares de alunos que nos dignificam em diferentes áreas de atividades, no Brasil e no exterior. Repudiamos, por fundamentos de respeito religioso, legal e moral, toda e qualquer violência contra a figura humana", finaliza a nota.