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América Latina, Caribe e EUA perfilam "linhas de ação" contra o ebola

Saúde|

Havana, 30 out (EFE).- Técnicos e diretores de saúde de 34 países do continente americano, incluindo os Estados Unidos, perfilaram nesta quinta-feira em Havana as "linhas de ação" que se propõem a coordenar para prevenir o vírus do ebola e evitar sua transmissão na região. Uma reunião técnica que mobilizou 278 especialistas e diretores de saúde das Américas até a capital de Cuba concretizou um guia para o trabalho futuro das nações da região perante o risco do surto de ebola atualmente presente em vários países da África Ocidental. Trocas de opiniões sobre estratégias a seguir contra o ebola e a coordenação de ações dominaram os dois dias de reunião realizada por iniciativa da Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba), que convidou os países-membros da Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac). Entre as propostas principais, os participantes enfatizaram no estabelecimento de uma rede de vigilância epidemiológica em centros destinados à recepção de amostras biológicas do vírus e ao tratamento dos pacientes contagiados. O relatório final, lido pela vice-ministra de Saúde Pública de Cuba, Marcia Cobas, propôs estimular o desenvolvimento de equipes sanitárias multidisciplinares de "resposta rápida" e adequadamente capacitadas, e garantir o cumprimento dos requerimentos de biosseguridade estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPS). O documento recomenda aos países da região que criem um Centro de Direção Nacional para o enfrentamento ao ebola que atualize "sistematicamente" a situação epidemiológica nacional e internacional e que coordene todas as medidas para evitar a introdução da doença. O texto também propõe fortalecer o controle nos países que têm cooperação com pessoal prestando serviços em lugares com risco de transmissão da doença. A aquisição de equipamentos de proteção pessoal na região, com preços preferenciais, e a criação de uma "reserva regional" para sua distribuição "imediata" em caso de emergência é outro dos pontos assinalados no resumo pactuado pelos participantes. Também enfatizaram na necessidade de fortalecer a gestão da comunicação, assim como de recursos e serviços de informação na luta contra o ebola dirigidos à população e outros setores-chave para sua preparação no cuidado da saúde. Além disso, adverte sobre a necessidade que sejam estudados os documentos da OMS e da OPS como guias para elaborar os planos e protocolos de atuação contra a doença nos países. O diretor dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos para a América Central, Nelson Arvoredo, disse ao finalizar o fórum técnico que seu país apoiará a OPS nas ações que se coordenarão no continente americano contra a mortal doença. Aboleda declarou à imprensa que os CDC preveem coordenar com a OPS treinamentos e cursos específicos de capacitação para o pessoal sanitário em toda a região nas áreas de laboratório e epidemiologia. O representante americano considerou que a reunião foi "uma experiência técnica muito rica, onde aprendemos todos os diferentes planos dos diferentes países". "Isso nos ajudou como bloco a poder identificar as áreas que necessitamos melhorar para estar mais preparados em nossa região", acrescentou. Dos debates surgiu a convocação para um curso internacional para a prevenção e enfrentamento ao ebola, que acontecerá entre os dias 10 e 15 de novembro no Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí (IPK) de Havana. Os participantes da reunião realizaram nesta quinta-feira uma visita às instalações do IPK, onde recebem treinamento os profissionais cubanos que estão destinados a somar-se aos esforços internacionais contra o ebola em Serra Leoa, Guiné e Libéria, as três nações africanas mais castigadas pela epidemia. Segundo os últimos dados confirmados pela OMS, 13.703 pessoas foram infectadas com o vírus do ebola desde o início da epidemia, no último mês de março, e 4.922 pessoas morreram. EFE rmo/rsd (foto) (vídeo)

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