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Atraso de insumo e suspensão da Anvisa impõem desafio com vacinas

Ministério prevê receber 66 milhões de doses em setembro, mas há obstáculos com doses da AstraZeneca, CoronaVac e Janssen

Saúde|Do R7

Mais de 21 milhões de doses da CoronaVac foram suspensas pela Anvisa no sábado
Mais de 21 milhões de doses da CoronaVac foram suspensas pela Anvisa no sábado Mais de 21 milhões de doses da CoronaVac foram suspensas pela Anvisa no sábado

A projeção de entregas de vacinas contra a covid-19 ao Ministério da Saúde para setembro é de 66 milhões de doses, segundo o último relatório da pasta, divulgado na semana passada. Porém, o início do mês deverá ser marcado pela escassez de doses, uma vez que há empecilhos relacionados aos imunizantes da AstraZeneca, CoronaVac e Janssen. O país aplica quase 2 milhões de doses por dia. 

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que fabrica a AstraZeneca no Brasil, anunciou anteontem que vai interromper por ao menos dez dias a entrega de vacinas ao PNI (Programa Nacional de Imunizações). As entregas eram semanais.

O motivo é o atraso na chegada de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) em agosto, insumo necessário para a produção do imunizante. A AstraZeneca é a vacina mais aplicada no Brasil, segundo dados do Localiza SUS, plataforma do Ministério da Saúde.

Outro imunizante que deverá atrasar para chegar ao braço do brasileiro é a CoronaVac. No sábado (4), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a suspensão da distribuição e uso de 21 milhões de doses da vacina, que foram envasadas em uma fábrica não inspecionada pela agência, na China, portanto, sem aprovação para uso emergencial no Brasil. 

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A medida cautelar, publicada no Diário Oficial no sábado, tem o prazo de 90 dias. Segundo a Anvisa, trata-se de "um ato de precaução, que visa proteger a saúde da população, sendo adotada em caso de risco iminente à saúde, sem a prévia manifestação do interessado".

O Instituto Butantan, em São Paulo, que produz a vacina no país, sendo também responsável pela importação do imunizante da China, afirmou, em comunicado à imprensa, que o uso das doses é seguro e que a medida não deve causar alarmismo.

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"Foi o próprio Instituto que, por compromisso com a transparência e por extrema precaução, comunicou o fato à agência, após atestar a qualidade das doses recebidas. Isso garante que os imunizantes são seguros para a população", informa. A CoronaVac é a segunda vacina mais aplicada no país. 

O Estado de São Paulo e a cidade do Rio de Janeiro confirmaram ter aplicado doses dos lotes interditados da CoronaVac. São Paulo aplicou cerca de 4 milhões, e o Rio de Janeiro, 1.206. Já o Distrito Federal informou que recebeu os lotes, mas as doses não chegaram a ser aplicadas. 

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Desde junho, Brasil não recebe lotes da Janssen
Desde junho, Brasil não recebe lotes da Janssen Desde junho, Brasil não recebe lotes da Janssen

Já em relação à vacina Janssen, de dose única, o Ministério da Saúde manifestou a intenção de antecipar a entrega prevista até o final do ano para este mês, a fim de usar a vacina na aplicação da terceira dose em idosos e imunosurprimidos - a previsão é que inicie a partir do dia 15, quando 100% da população acima de 18 anos já tiver recebido a primeira dose de uma vacina contra a covid-19. 

O contrato do governo com a Janssen prevê a entrega de 38 milhões de doses este ano. A última entrega, no entando, foi de 3 milhões de doses em junho e a projeção é que a próxima seja realizada apenas a partir de outubro. A vacina da Janssen foi recomendada pelo ministério para ser oferecida como terceira dose assim como os imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca. 

Imunizantes da Pfizer chegam com regularidade
Imunizantes da Pfizer chegam com regularidade Imunizantes da Pfizer chegam com regularidade

Diferentemente dos demais fabricantes, a Pfizer vem entregando ao menos 1 milhão de doses quase diariamente (terça, quarta, sexta e domingo) ao governo federal desde o início de agosto. Além de indicada como terceira dose, a vacina é a única autorizada pela Anvisa para aplicação em adolescentes, entre 12 e 17 anos, que já está sendo realizada.

No sábado, 1,5 milhões de fármacos da Pfizer desembarcaram no Brasil e a previsão para este domingo (5) é receber mais 2 milhões de doses.

O país alcançou, neste sábado (4), a marca de 200 milhões de doses aplicadas sete meses após o início da campanha de vacinação contra a covid, em 17 de janeiro. Segundo o Ministério da Saúde, 80% dos brasileiros acima de 18 anos já receberam a primeira dose da vacina e 35% completaram o ciclo vacinal.

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