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Califórnia estuda incluir carne na lista de alerta sobre câncer

O estado norte-americano costuma estar na vanguarda das políticas públicas preventivas

Saúde|

Venda de carnes processadas devem ser afetada pelo anúncio da OMC
Venda de carnes processadas devem ser afetada pelo anúncio da OMC Venda de carnes processadas devem ser afetada pelo anúncio da OMC

A Califórnia está examinando as novas descobertas da OMS (Organização Mundial de Saúde) para determinar se inclui a carne vermelha e alimentos como salsicha e bacon em uma lista de alerta sobre o câncer, o que pode resultar em uma batalha com a indústria da carne sobre a inclusão de avisos em rótulos.

A inclusão de carne e da carne processada na lista poderia reduzir a demanda dos consumidores, prejudicando grandes produtores e processadores como Hormel Foods e JBS.

Poderia também abrir a porta para mais processos judiciais contra empresas de carne por parte de consumidores com diagnóstico de certos tipos de câncer.

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A Califórnia costuma estar na vanguarda das iniciativas orientadas para o consumidor, especialmente em matéria de agricultura. O Estado adotou leis estabelecendo gaiolas maiores para as galinhas e restrições sobre o uso de antibióticos para o gado, saindo na frente de grande parte do restado dos Estados Unidos.

Agora a indústria da carne está acompanhando o que o Estado vai fazer depois de uma unidade da OMS na segunda-feira (26) afirmar que a carne processada pode causar câncer colorretal em humanos. A entidade disse que o risco de desenvolver o câncer é pequeno, mas aumenta com a quantidade de carne consumida. A indústria da carne sustenta que os seus produtos são seguros para a alimentação, como parte de uma dieta equilibrada.

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A Proposição 65 da Califórnia, uma iniciativa aprovada em 1986, exige que o Estado mantenha uma lista de todos os produtos químicos e substâncias conhecidas por aumentar os riscos de câncer. Produtores desses artigos são obrigados a colocar avisos "claros e razoáveis" para os consumidores.

Alguns especialistas esperam que Proposição 65 da Califórnia inclua carnes processadas na lista. Normalmente, uma vez que é adicionado um item, cabe ao fabricante provar ao Estado que o seu produto não é perigoso o suficiente para justificar uma etiqueta de advertência, dizem os especialistas.

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A rotulagem seria um golpe maior para empresas de carne do que a inclusão na lista da Proposição 65, porque os rótulos poderiam ser exibidos com destaque aos consumidores em lojas e restaurantes, dizem analistas do setor. Não se sabe exatamente o que as advertências poderiam conter.

A Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer, da OMS, colocou as carnes processadas em sua categoria "grupo 1" — ao lado do tabaco e do amianto — de produtos para os quais a agência diz que há "provas suficientes" de ligações com o câncer.

Qualquer iniciativa para adicionar carne vermelha ou processada para a lista da Proposição 65 será contestado pela indústria, disse Mark Dopp, vice-presidente sênior de assuntos regulatórios e conselheiro-geral do Instituto Norte-Americano da Carne. O instituto representa as empresas, incluindo Cargill, Tyson Foods e Kraft Heinz.

É menos provável que a carne vermelha seja adicionada à lista de Califórnia porque foi classificada como "provavelmente cancerígena". Isso a insere na categoria "grupo 2A" da unidade da OMS, com o glifosato, o ingrediente ativo em muitos pesticidas.

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